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A tragédia de Manaus

Coluna de Alon Feuerwerker analisa a crise sanitária no Amazonas e os riscos da variante mais contagiosa do coronavírus em circulação por lá

Com hospitais lotados em Manaus, médico cuida da mãe com covid-19 em casa (MICHAEL DANTAS/AFP)

Com hospitais lotados em Manaus, médico cuida da mãe com covid-19 em casa (MICHAEL DANTAS/AFP)

Mariana Martucci

Mariana Martucci

Publicado em 15 de janeiro de 2021 às 20h42.

A tragédia em Manaus leva jeito de ter na raiz, além de eventuais crimes, o surgimento de uma variante bem mais contagiosa do SARS-CoV-2, a precariedade crônica da infraestrutura e a subestimação dos riscos ainda presentes da Covid-19.

Parece haver também casos de reinfecção. Será o caso de fazer duas perguntas aos especialistas (que parecem ainda não ter respostas): 1) Os anteriormente infectados e curados estão imunizados contra a nova variante do vírus? e 2) As vacinas disponíveis funcionam contra ele?

De todo modo, os novos acontecimentos do Reino Unido, África do Sul e Manaus mostram que a guerra será prolongada. Qualquer ilusão de vencê-la no curto prazo é só ilusão mesmo. E a vitória depende de clareza estratégica, firmeza, capacidade operacional e também bom senso.

Já foi dito aqui mas não custa repetir, pela urgência: precisamos de um plano que combine a vacinação em massa e a volta progressiva às atividades com medidas sanitárias e de distanciamento social que possam ser aplicadas, realisticamente falando.

Difícil para um país tão politicamente bagunçado.

*Analista político da FSB Comunicação

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