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Witzel culpa prefeituras e ocupações por tragédia após chuva no RJ

"Se fechou os olhos para a ocupação desordenada e o resultado, infelizmente, são essas tragédias", disse o governador em entrevista coletiva

Witzel: para o governador, situação é de "abandono" (Wilson Witzel/Divulgação)
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Clara Cerioni

Publicado em 7 de fevereiro de 2019 às 14h22.

São Paulo — O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), declarou na tarde desta quinta-feira (7) que os problemas da forte chuva que atingiu o estado nesta madrugada são decorrentes de ocupações desordenadas, fruto do abandono da organização urbanística das cidades.

"Se fechou os olhos para a ocupação desordenada e o resultado, infelizmente, são essas tragédias. É preciso definitivamente ter um plano diretor da cidade para retirar as pessoas das áreas de alto risco e ter a urbanização mais adequada", afirmou em entrevista coletiva ao lado da Defesa Civil do Rio de Janeiro.

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De colete laranja, da Defesa Civil, Witzelreforçou a necessidade de um plano diretor da cidade para tirar as pessoas das áreas de alto risco.

Segundo o governador, o programa Rio Solidário vai aproveitar as doações recebidas para Brumadinho (MG). "Tem alimentos estocados, água, remédio, que poderão ser distribuídos".

Ele afirmou que não falou diretamente com o prefeito do Rio, Marcelo Crivella, mas que as secretarias de estado e do município estão em comunicação.

"Nós precisamos ser acionados pelas prefeituras, que têm obrigação de agir em um primeiro momento. Se formos acionados, imediatamente, atenderemos", disse.

"Abandono"

Questionado sobre o que o governo do estado deve fazer para tirar as famílias das áreas de risco, Witzel afirmou que a situação é de "abandono".

"A defesa civil tem um levantamento de que temos aproximadamente 800 mil famílias [em áreas de risco]. O que nós estamos assistindo é o abandono, por parte das prefeituras, de áreas não edificantes. Então, é preciso que os prefeitos façam seu dever de casa".

Danos

Na noite desta quarta-feira (6), o temporal que atingiu o Rio de Janeiro colocou a cidade em estágio de crise. Até agora foram confirmadas seis mortes.

De acordo com dados do sistema de monitoramento da prefeitura, em alguns pontos o volume de chuva acumulado em apenas duas horas foi maior do que o esperado para todo o mês de fevereiro.

Durante a noite, os moradores do Rio enfrentaram quedas de árvores, ventos que chegaram a 110 quilômetros por hora, caos no trânsito, postes caídos e bolsões d’água nas principais ruas e avenidas da cidade.

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