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Wall Street Journal ironiza ministro do governo Dilma

Defesa comercial pretendida pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, foi comparada à aposentadoria do jogador Ronaldo

Fernando Pimentel confirmou que a discussão sobre a criação do BNDES-Exin será retomada (Nelio Rodrigues/Agência Primeiro Plano/Veja)

Fernando Pimentel confirmou que a discussão sobre a criação do BNDES-Exin será retomada (Nelio Rodrigues/Agência Primeiro Plano/Veja)

Diogo Max

Diogo Max

Publicado em 15 de fevereiro de 2011 às 07h58.

São Paulo - O Wall Street Journal, uma das mais importantes publicações do mundo, ironizou o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel. Na edição desta terça-feira, o jornal insinua que “a defesa comercial” pretendida pelo integrante do governo Dilma pode ser comparada à aposentadoria do jogador Ronaldo.

“‘Eu não aguento mais’ Essas foram as palavras da lenda brasileira do futebol Ronaldo, ao anunciar sua aposentadoria na última segunda. Mas elas poderiam facilmente ter sido ditas  pelo ministro de comércio do país, que no mesmo dia afirmou que o Brasil iria adotar medidas para proteger a indústria local contra as importações baratas”, diz o jornal, na coluna Heard On The Street.

Para o Wall Street Journal, as “ameaças” do ministro Fernando Pimentel são direcionadas à China, o maior parceiro comercial do Brasil e devorador das commodites nacionais.  “Idealmente, o Brasil gostaria que a China deixasse o iuane se valorizar rapidamente, tornando as importações mais caras e aliviando a pressão competitiva sobre os fabricantes nacionais”, acredita o jornal.

O texto lembra ainda que, ao defender-se comercialmente, o país age como a China, tão duramente criticada pela desvalorização artificial do iuane.

Segundo o jornal, se a taxa de câmbio não estivesse sendo usada para controlar a inflação, como é o caso do Brasil, sobraria espaço para “reduzir taxas de juros muito altas”, impedindo o fluxo de dinheiro e aumentando os investimentos internos.

“Afinal, apesar de Ronaldo ter pendurado as chuteiras, o Brasil ainda tem uma Copa do Mundo para sediar e para construir em 2014.”, lembra o Wall Street Journal.
 

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