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Votar no Bolsonaro é o passaporte para a volta do PT, diz Alckmin

Estagnado nas pesquisas, candidato disse que não vai mudar a estratégia de campanha na reta final para o primeiro turno

Alckmin afirmou nesta segunda-feira que Bolsonaro é o "passaporte" para o retorno do PT ao governo federal (Vanessa Carvalho/Getty Images)

Alckmin afirmou nesta segunda-feira que Bolsonaro é o "passaporte" para o retorno do PT ao governo federal (Vanessa Carvalho/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 17 de setembro de 2018 às 13h23.

Última atualização em 17 de setembro de 2018 às 13h25.

Brasília - O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, afirmou nesta segunda-feira que o voto no adversário do PSL, Jair Bolsonaro, é o "passaporte" para o retorno do PT ao governo federal.

"O Bolsonaro, se fosse para o segundo turno, será o passaporte para a volta do PT", disse Alckmin, em entrevista coletiva a agências internacionais e correspondentes estrangeiros na sede do PSDB, em Brasília.

Na entrevista, o tucano reforçou que a estratégia de campanha da aliança, nos próximos 20 dias, é tentar mostrar ao eleitorado que há 2 "descaminhos muito ruins" para o país, um representado por Bolsonaro, quem disse não ter uma "clareza sobre propostas", e o PT, que levou o país a um resultado de total desequilíbrio das contas públicas e a 13 milhões de desempregados.

Alckmin quis demonstrar, durante a entrevista, semelhanças entre Bolsonaro e o PT ao dizer que o candidato do PSL, que atualmente lidera as pesquisas de intenção de voto ao Planalto, tem o mesmo "DNA" petista, por fazer defesa das corporações.

"O próprio voto do Bolsonaro sempre foi muito próximo do PT", afirmou o tucano, ao citar o fato de o adversário ter votado contra a criação do Plano Real, a quebra do monopólio de exploração do petróleo e contra a adoção do Cadastro Positivo.

Pesquisa

Questionado sobre o fato de estar estagnado nas pesquisas de intenção de voto ao Palácio do Planalto, Alckmin disse que não vai mudar a estratégia de campanha na reta final para o primeiro turno e que tampouco haverá uma ação específica para um determinado Estado.

"Não tem nenhum Estado específico, ainda faltam alguns Estados do Nordeste, devo ir à Bahia", disse ele, após relatar a agenda de viagens dos últimos dias.

O tucano disse que pesquisa eleitoral é um "retrato de momento", que o processo de disputa por votos é dinâmico e repetiu que a definição do voto do eleitorado vai ocorrer próximo ao primeiro turno.

Alckmin não quis fazer qualquer prognóstico do PSDB fora do segundo turno ao ser questionado sobre se o partido poderia ficar neutro na segunda etapa, caso a disputa ocorresse entre o PT, representado por Fernando Haddad, e Jair Bolsonaro.

"O PSDB irá ao segundo turno", disse.

Pesquisa CNT/MDA divulgada nesta segunda-feira colocou o tucano como o quarto candidato na disputa eleitoral, empatado tecnicamente com a candidata da Rede, Marina Silva.

O candidato disse que, se eleito, vai procurar fazer logo reformas para retirar o Brasil da rota de recessão e destacou que o PSDB tem "serviços prestados ao Brasil".

"Vamos procurar e levar propostas, a situação é grave, o Brasil não pode errar de novo e tem pressa para recuperar a economia, emprego e renda", disse.

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