Votação sobre mudança no ICMS é adiada para abril
Adiamento se deu devido ao impasse em torno dos mecanismos propostos pelo governo para compensar perda de arrecadação e estimular o desenvolvimento regional
Da Redação
Publicado em 19 de março de 2013 às 18h02.
Brasília - A votação da proposta de alteração no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços ( ICMS ) na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado foi adiada para abril diante do impasse em torno dos mecanismos propostos pelo governo para compensar perda de arrecadação e estimular o desenvolvimento regional, disseram senadores do PT nesta terça-feira.
O governo enfrenta grandes dificuldades em aprovar o projeto de resolução por conta da insatisfação dos Estados com o modelo apresentado e teve de aceitar a postergação da data da votação, que estava prevista para terça-feira da próxima semana.
"Vamos fazer a votação em outra data, em abril, para termos tempo de fazer mais rodadas de negociação com os secretários estaduais (de Fazenda)", afirmou o presidente da CAE, Lindbergh Farias (PT-RJ).
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, recebeu o presidente da CAE, o relator do projeto de resolução do ICMS, Delcídio Amaral (PT-MS), e outros parlamentares para discutir uma saída ao impasse em torno da proposta.
Pelo projeto, as alíquotas interestaduais --que hoje estão em 12 e 7 por cento-- serão unificadas para 4 por cento com um período total de transição de 12 anos. Para evitar perda de arrecadação e receita dos Estados e para garantir que eles tenham recursos para investimento o governo editou medida provisória criando dois fundos.
As críticas dos Estados são amplas. Mesmo aceitando uma redução nas alíquotas, alguns Estados gostariam que fossem mantidas duas taxas. A principal insatisfação, porém, é com a falta de garantia de execução orçamentária em torno do Fundo de Desenvolvimento Regional (FDR).
"Os Estados dizem que há muita insegurança e precisamos melhorar isso", disse Delcídio, após o encontro com Mantega.
O governo prometeu colocar até 296 bilhões de reais no FDR para estimular o crescimento dos Estados mais prejudicados com a alteração do tributo e disponibilizar 8 bilhões de reais anuais num outro fundo para compensar a perda de arrecadação.
Os governadores temem que o FDR tenha o mesmo fim da Lei Kandir, criada para compensar Estados que deram isenção de ICMS para empresas exportadoras. O fundo criado pela Lei Kandir se esgotou e não tem recebido novos recursos do Orçamento da União.
Delcídio e Lindbergh disseram que o ministro da Fazenda mostrou-se aberto ao diálogo.
A nova data de votação, segundo o presidente da CAE, será apresentada na quinta-feira quando está prevista a participação de Mantega em audiência pública para discutir as mudanças no ICMS.
Brasília - A votação da proposta de alteração no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços ( ICMS ) na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado foi adiada para abril diante do impasse em torno dos mecanismos propostos pelo governo para compensar perda de arrecadação e estimular o desenvolvimento regional, disseram senadores do PT nesta terça-feira.
O governo enfrenta grandes dificuldades em aprovar o projeto de resolução por conta da insatisfação dos Estados com o modelo apresentado e teve de aceitar a postergação da data da votação, que estava prevista para terça-feira da próxima semana.
"Vamos fazer a votação em outra data, em abril, para termos tempo de fazer mais rodadas de negociação com os secretários estaduais (de Fazenda)", afirmou o presidente da CAE, Lindbergh Farias (PT-RJ).
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, recebeu o presidente da CAE, o relator do projeto de resolução do ICMS, Delcídio Amaral (PT-MS), e outros parlamentares para discutir uma saída ao impasse em torno da proposta.
Pelo projeto, as alíquotas interestaduais --que hoje estão em 12 e 7 por cento-- serão unificadas para 4 por cento com um período total de transição de 12 anos. Para evitar perda de arrecadação e receita dos Estados e para garantir que eles tenham recursos para investimento o governo editou medida provisória criando dois fundos.
As críticas dos Estados são amplas. Mesmo aceitando uma redução nas alíquotas, alguns Estados gostariam que fossem mantidas duas taxas. A principal insatisfação, porém, é com a falta de garantia de execução orçamentária em torno do Fundo de Desenvolvimento Regional (FDR).
"Os Estados dizem que há muita insegurança e precisamos melhorar isso", disse Delcídio, após o encontro com Mantega.
O governo prometeu colocar até 296 bilhões de reais no FDR para estimular o crescimento dos Estados mais prejudicados com a alteração do tributo e disponibilizar 8 bilhões de reais anuais num outro fundo para compensar a perda de arrecadação.
Os governadores temem que o FDR tenha o mesmo fim da Lei Kandir, criada para compensar Estados que deram isenção de ICMS para empresas exportadoras. O fundo criado pela Lei Kandir se esgotou e não tem recebido novos recursos do Orçamento da União.
Delcídio e Lindbergh disseram que o ministro da Fazenda mostrou-se aberto ao diálogo.
A nova data de votação, segundo o presidente da CAE, será apresentada na quinta-feira quando está prevista a participação de Mantega em audiência pública para discutir as mudanças no ICMS.