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Voo Rio-Paris: queda do avião durou três minutos e 30 segundos

Segundo os investigadores franceses, pilotos perceberam que algo estava errado; famílias das vítimas querem saber as causas dos problemas

Pedaços do Airbus envolvido no acidente do voo 447: famílias esperam mais respostas (ABr)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de maio de 2011 às 17h32.

Paris - Os pilotos da Air France perderam o controle da velocidade, e o Airbus A330 teve uma paralisação, iniciando uma queda fatal de três minutos em direção ao Atlântico em junho de 2009, com 228 pessoas a bordo, informou nesta sexta-feira o BEA, órgão francês encarregado das investigações do acidente.

"Não temos indicações válidas", disse um dos pilotos do voo AF447 que viajava de Rio a Paris, de acordo com gravações da caixa-preta divulgadas pelo Bureau de Investigação e Análise (BEA, da sigla em francês).

A aeronave entrou em uma zona de turbulência duas horas após o início do voo quando o piloto automático parou de funcionar abruptamente.

Logo depois, um dos instrumentos apontou uma "forte queda" de velocidade e um alarme soou, indicando que o avião não estava mais sendo impulsionado pelo ar.

Enquanto os dois copilotos tentavam entender o que tinha acontecido, o capitão, que tinha deixado a cabine para descansar, retornou, mas não conseguiu recuperar o controle da aeronave.

A agência informou que os motores do avião estavam funcionando normalmente e responderam aos comandos.

Uma investigação paralela, conduzida antes da descoberta das caixas-pretas este mês, apontaram o congelamento das sondas que mediam a velocidade, mas não houve conclusão definitiva apontando este fato como causa do acidente.

De acordo com diversos especialistas, a desativação do piloto automático pode ter sido causada pelo congelamento das sondas, conhecidas como Pitots.

Dados apontando baixos níveis de velocidade podem fazer com que o sistema da aeronave considere outras leituras inválidas, de acordo com o BEA.

Sindicatos dos pilotos e alguns familiares de vítimas acusaram a companhia aérea de agir com morosidade no que se refere a alertas de segurança, mas tanto a Airbus como a Air France insistiram ter reagido de forma adequada.

Desde o acidente, a Air France substituiu as sondas Pitots e sua frota Airbus com modelos mais novos.

Ambas as companhias estão sendo investigadas por homicídio culposo por conta do acidente.


A Airbus informou que a informação divulgada nesta sexta-feira era consistente com os relatórios preliminares do BEA e "constituem um passo significativo rumo à identificação da rede completa de eventos" que levaram ao acidente.

A Air France declarou nesta sexta-feira que é necessário esperar as futuras análises do BEA das caixas-pretas para determinar a causa precisa da queda do avião, apesar de reconhecer que aparentemente "o problema inicial foi a falha das sondas de velocidade".

A empresa completou que "os três pilotos experientes demonstraram uma atitude totalmente profissional e estavam comprometidos em realizar suas tarefas até o fim".

No entanto, uma fonte ligada à investigação ficou surpresa com a reação dos pilotos.

"Por que, ao receber o sinal de alerta, os pilotos empinaram a aeronave para cima e não para baixo?".

Um piloto aposentado, Jack Krine, disse à AFP que em caso de alerta o procedimento normal seria levar a frente da aeronave para baixo com o objetivo de ganhar velocidade e subir, acrescentando que eles podem não ter tido tempo suficiente para analisar a situação de forma adequada.

De acordo com a cronologia fornecida pelo BEA, as respostas do copiloto foi "basicamente levar o nariz da aeronave para cima" e o avião inicialmente ganhou altitude.

"O estabilizador horizontal de compensação (THS) passou de 3 para 13 graus em cerca de 1 minuto e permaneceu com o nariz para cima até o fim do voo", disse o BEA em relatório.

Os últimos dados das gravações mostraram que o nariz do avião estava para cima em um ângulo agudo, e atingiu o oceano a uma velocidade de 10.912 pés (3.300 metros) por minuto.

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Paris - Os pilotos da Air France perderam o controle da velocidade, e o Airbus A330 teve uma paralisação, iniciando uma queda fatal de três minutos em direção ao Atlântico em junho de 2009, com 228 pessoas a bordo, informou nesta sexta-feira o BEA, órgão francês encarregado das investigações do acidente.

"Não temos indicações válidas", disse um dos pilotos do voo AF447 que viajava de Rio a Paris, de acordo com gravações da caixa-preta divulgadas pelo Bureau de Investigação e Análise (BEA, da sigla em francês).

A aeronave entrou em uma zona de turbulência duas horas após o início do voo quando o piloto automático parou de funcionar abruptamente.

Logo depois, um dos instrumentos apontou uma "forte queda" de velocidade e um alarme soou, indicando que o avião não estava mais sendo impulsionado pelo ar.

Enquanto os dois copilotos tentavam entender o que tinha acontecido, o capitão, que tinha deixado a cabine para descansar, retornou, mas não conseguiu recuperar o controle da aeronave.

A agência informou que os motores do avião estavam funcionando normalmente e responderam aos comandos.

Uma investigação paralela, conduzida antes da descoberta das caixas-pretas este mês, apontaram o congelamento das sondas que mediam a velocidade, mas não houve conclusão definitiva apontando este fato como causa do acidente.

De acordo com diversos especialistas, a desativação do piloto automático pode ter sido causada pelo congelamento das sondas, conhecidas como Pitots.

Dados apontando baixos níveis de velocidade podem fazer com que o sistema da aeronave considere outras leituras inválidas, de acordo com o BEA.

Sindicatos dos pilotos e alguns familiares de vítimas acusaram a companhia aérea de agir com morosidade no que se refere a alertas de segurança, mas tanto a Airbus como a Air France insistiram ter reagido de forma adequada.

Desde o acidente, a Air France substituiu as sondas Pitots e sua frota Airbus com modelos mais novos.

Ambas as companhias estão sendo investigadas por homicídio culposo por conta do acidente.


A Airbus informou que a informação divulgada nesta sexta-feira era consistente com os relatórios preliminares do BEA e "constituem um passo significativo rumo à identificação da rede completa de eventos" que levaram ao acidente.

A Air France declarou nesta sexta-feira que é necessário esperar as futuras análises do BEA das caixas-pretas para determinar a causa precisa da queda do avião, apesar de reconhecer que aparentemente "o problema inicial foi a falha das sondas de velocidade".

A empresa completou que "os três pilotos experientes demonstraram uma atitude totalmente profissional e estavam comprometidos em realizar suas tarefas até o fim".

No entanto, uma fonte ligada à investigação ficou surpresa com a reação dos pilotos.

"Por que, ao receber o sinal de alerta, os pilotos empinaram a aeronave para cima e não para baixo?".

Um piloto aposentado, Jack Krine, disse à AFP que em caso de alerta o procedimento normal seria levar a frente da aeronave para baixo com o objetivo de ganhar velocidade e subir, acrescentando que eles podem não ter tido tempo suficiente para analisar a situação de forma adequada.

De acordo com a cronologia fornecida pelo BEA, as respostas do copiloto foi "basicamente levar o nariz da aeronave para cima" e o avião inicialmente ganhou altitude.

"O estabilizador horizontal de compensação (THS) passou de 3 para 13 graus em cerca de 1 minuto e permaneceu com o nariz para cima até o fim do voo", disse o BEA em relatório.

Os últimos dados das gravações mostraram que o nariz do avião estava para cima em um ângulo agudo, e atingiu o oceano a uma velocidade de 10.912 pés (3.300 metros) por minuto.

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