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Volta do DPVAT: Senado pode votar projeto sobre seguro obrigatório para veículos na semana que vem

Desde 2021, a Caixa opera de forma emergencial o seguro obrigatório após a dissolução do consórcio de seguradoras privadas que administravam o DPVAT

O governo federal suspendeu os pagamentos do seguro no início deste ano por falta de dinheiro (Getty Images)

Publicado em 18 de abril de 2024 às 14h23.

Última atualização em 18 de abril de 2024 às 15h06.

Na próxima quarta-feira, 24, o Senado pode votar o projeto de lei complementar que cria o Seguro Obrigatório Para Proteção de Vítimas de Acidentes de Trânsito, substituto do Seguro Obrigatório de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre, o SeguroDPVAT, extinto no final de 2020.

Desde 2021, a Caixa opera de forma emergencial o seguro obrigatório após a dissolução do consórcio de seguradoras privadas que administravam o DPVAT. Os recursos arrecadados nos últimos anos foram suficientes para pagar os pedidos até novembro do ano passado. As coberturas previstas são indenização por morte, por invalidez permanente e reembolso de despesas com tratamento, órteses e próteses, serviços funerários e reabilitação profissional.

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Por isso, o governo federal suspendeu os pagamentos do seguro no início deste ano por falta de dinheiro, e enviou um projeto de lei complementar ao Congresso para recriar a cobrança do seguro.

"O DPVAT existe porque, muitas vezes, você tem um acidente e você é uma pessoa de pouca renda e não consegue arcar com o prejuízo eventualmente dado, um prejuízo até de vidas que acontece num acidente automobilístico no trânsito. Então, o DPVAT é uma prevenção", disse Jaques Wagner, líder do governo no Congresso, à Agência Senado.

Pauta já passou pela Câmara

Já aprovada pela Câmara dos Deputados, a proposta do governo já foi pautada para ser votada na Comissão de Constituição e Justiça no mesmo dia.

Por sugestão do presidente da CCJ, senador Davi Alcolumbre (União-AP), em 24 de abril haverá a leitura do relatório do senador Jaques Wagner (PT-BA). Em seguida, os senadores do colegiado terão duas horas para analisar o parecer do relator, e, após isso, ocorrerá a votação da matéria e seu posterior encaminhamento ao plenário, com expectativa de que lá seja apreciada no mesmo dia.

Para receber o dinheiro da indenização, cujo valor será definido pelo Conselho Nacional de Seguros Privados, a vítima ou seu beneficiário deverá apresentar apenas documentos que comprovem o acidente e os danos dele decorrentes. Depois de recebida a documentação, o operador do seguro terá até 30 dias para efetuar o pagamento, que será corrigido pelo IPCA, caso ultrapasse esse prazo.

Se o projeto for aprovado no Senado, a pauta passa para sançãodo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

É obrigatório pagar o DPVAT?

Pelo texto, o não pagamento do seguro obrigatório não retira das vítimas de acidente de trânsito o direito de serem indenizadas, mas configura infração grave, sujeitando o proprietário do veículo a pagamento de multa e impedindo que ele transfira o documento do carro ou moto para outra pessoa.

A proposta também define regras de transparência e fiscalização das operações relacionadas ao dinheiro arrecadado com a cobrança do seguro.

Quando o novo DPVAT vai começar a ser cobrado?

A volta do seguro obrigatório ainda precisa ser aprovada no Senado e sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).Não existe ainda uma data para que a cobrança volte a ocorrer.

A quitação do seguro voltará a ser exigida no licenciamento anual, transferência do veículo ou sua baixa perante os órgãos de trânsito. Por isso, é esperado que a cobrança seja retomada em 2025.

Qual será o valor do novo DPVAT?

O valor que será cobrado pelo seguro será definido somente após a aprovação do projeto no Congresso. O texto ainda será analisado pelo Senado.

Os pagamentos do DPVAT foram suspensos no início deste ano por falta de dinheiro no fundo. Por isso, o projeto determina que os novos prêmios poderão ser temporariamente cobrados em valor maior para quitar os sinistros ocorridos até a vigência do SPVAT.

Os valores para equacionar o déficit do DPVAT serão destinados ao pagamento de indenizações, inclusive decorrentes de ações judiciais posteriormente ajuizadas, para provisionamento técnico e para liquidar sinistros e quitar taxas de administração desse seguro.

(Com Agência Senado de Notícias)

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