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Viúva de Déda, jornalista pode disputar Senado

Eliane Aquino, virou celebridade ao ser a incumbida de informar a população de Sergipe sobre o real estado de saúde de Deda após a descoberta do câncer em 2011

O governador de Sergipe, Marcelo Déda: em seu funeral, que foi acompanhado por uma multidão, a presença de Eliane causava ondas de histeria (José Cruz/ABr)
DR

Da Redação

Publicado em 19 de janeiro de 2014 às 08h26.

Brasília - Nas próximas duas semanas o PT de Sergipe espera ter uma conversa com a secretária estadual de Integração Social, Eliane Aquino, viúva do governador Marcelo Déda, morto em dezembro do ano passado, para saber se a ex-primeira-dama aceita disputar o Senado na chapa do governador Jackson Barreto (PMDB), candidato à reeleição.

Em entrevistas logo após a morte de Déda, ela descartou a possibilidade, mas atualmente já estaria disposta a discutir a ideia. "Ainda não conversamos com Eliane mas se ela topar é consenso tanto no PT quanto na base aliada", disse o deputado Márcio Macêdo (PT-SE).

Jornalista por formação, Eliane conheceu Déda quando trabalhava como fotógrafa em uma assessoria de imprensa de Brasília. Dois anos depois ela desembarcou em Aracaju pela primeira vez na condição de futura primeira-dama da capital sergipana.

Desempregada e sem amigos na cidade, ela e o marido tiveram uma conversa com o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) que a autorizou a replicar na capital sergipana a ONG Missão Criança, criada por ele em Brasília.

No primeiro mandato de Déda na prefeitura Eliane trabalhou com a ONG no bairro Santa Maria, um dos mais pobres da cidade. Na campanha pela reeleição, em 2004, porém, ela foi alvo de adversários que a acusaram de usar a máquina municipal para beneficiar a Missão Criança e acabou se afastando.

Quando Déda foi eleito governador, em 2006, Eliane assumiu a coordenação do Gabinete Integrado, responsável por articular os programas sociais entre as diversas secretarias. No segundo mandato, assumiu o cargo de secretária estadual de Integração Social, que ocupa até hoje com a promessa de permanecer caso Jackson Barreto seja reeleito.

As credenciais para disputar o Senado, no entanto, surgiram durante o longo processo entre a descoberta do câncer de Deda, em 2011, e sua morte no dia 2 de dezembro de 2013. Incumbida de informar a população sobre o real estado de saúde do governador diante da onda de boatos sobre sua morte, Eliane ganhou protagonismo e se tornou uma celebridade em Sergipe.

No funeral de Déda, acompanhado por uma multidão, sua presença causava ondas de histeria. O fato não passou despercebido pela cúpula do PT local. No dia 23 de dezembro a Assembleia Legislativa aprovou a concessão de uma pensão de R$ 16 mil mensais à viúva do governador. Nem a oposição contestou a medida.

Apoio

No início desta semana a candidatura ganhou o apoio de outro sergipano ilustre, o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Carlos Ayres Britto, ex-petista, que defendeu o nome de Eliana para o Senado ou a Câmara. "Não temos pesquisas, mas a percepção empírica e a comoção popular com o legado de Déda mostram que Eliane tem grande potencial", disse Márcio Macedo.

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Brasília - Nas próximas duas semanas o PT de Sergipe espera ter uma conversa com a secretária estadual de Integração Social, Eliane Aquino, viúva do governador Marcelo Déda, morto em dezembro do ano passado, para saber se a ex-primeira-dama aceita disputar o Senado na chapa do governador Jackson Barreto (PMDB), candidato à reeleição.

Em entrevistas logo após a morte de Déda, ela descartou a possibilidade, mas atualmente já estaria disposta a discutir a ideia. "Ainda não conversamos com Eliane mas se ela topar é consenso tanto no PT quanto na base aliada", disse o deputado Márcio Macêdo (PT-SE).

Jornalista por formação, Eliane conheceu Déda quando trabalhava como fotógrafa em uma assessoria de imprensa de Brasília. Dois anos depois ela desembarcou em Aracaju pela primeira vez na condição de futura primeira-dama da capital sergipana.

Desempregada e sem amigos na cidade, ela e o marido tiveram uma conversa com o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) que a autorizou a replicar na capital sergipana a ONG Missão Criança, criada por ele em Brasília.

No primeiro mandato de Déda na prefeitura Eliane trabalhou com a ONG no bairro Santa Maria, um dos mais pobres da cidade. Na campanha pela reeleição, em 2004, porém, ela foi alvo de adversários que a acusaram de usar a máquina municipal para beneficiar a Missão Criança e acabou se afastando.

Quando Déda foi eleito governador, em 2006, Eliane assumiu a coordenação do Gabinete Integrado, responsável por articular os programas sociais entre as diversas secretarias. No segundo mandato, assumiu o cargo de secretária estadual de Integração Social, que ocupa até hoje com a promessa de permanecer caso Jackson Barreto seja reeleito.

As credenciais para disputar o Senado, no entanto, surgiram durante o longo processo entre a descoberta do câncer de Deda, em 2011, e sua morte no dia 2 de dezembro de 2013. Incumbida de informar a população sobre o real estado de saúde do governador diante da onda de boatos sobre sua morte, Eliane ganhou protagonismo e se tornou uma celebridade em Sergipe.

No funeral de Déda, acompanhado por uma multidão, sua presença causava ondas de histeria. O fato não passou despercebido pela cúpula do PT local. No dia 23 de dezembro a Assembleia Legislativa aprovou a concessão de uma pensão de R$ 16 mil mensais à viúva do governador. Nem a oposição contestou a medida.

Apoio

No início desta semana a candidatura ganhou o apoio de outro sergipano ilustre, o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Carlos Ayres Britto, ex-petista, que defendeu o nome de Eliana para o Senado ou a Câmara. "Não temos pesquisas, mas a percepção empírica e a comoção popular com o legado de Déda mostram que Eliane tem grande potencial", disse Márcio Macedo.

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