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Vistos dos EUA já aprovados podem atrasar

Serviço de emissão do documento foi suspenso em todo mundo por problemas técnicos

Passaporte dos Estados Unidos (Victor J. Blue/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 31 de julho de 2014 às 22h22.

São Paulo - Os vistos americanos que já foram aprovados estão sendo enviados aos solicitantes, mas o processo pode levar mais do que o prazo normal de dez dias úteis.

Desde quarta-feira, 30, o serviço de emissão do documento foi suspenso em todo mundo por problemas técnicos.

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A Embaixada dos Estados Unidos afirmou nesta quinta-feira, 31, em nota, que o Departamento de Estado continua trabalhando para restaurar totalmente o sistema, mas ainda não há previsão para que o problema seja resolvido.

No Brasil, apenas os passageiros em situação de emergência, como tratamento de saúde e falecimento, está conseguindo documentação para viajar. O critério de avaliação dos casos cabe ao consulado americano.

Por causa da pane, as entrevistas que estavam agendadas para hoje foram adiadas para o dia 13 de agosto em todo o País.

Já o atendimento nos Centros de Atendimento ao Solicitante de Visto (Casv), onde é feita a primeira etapa da documentação, não foi afetado.

Impotência

Aprovada como bolsista em um doutorado em Harvard, Paola Mello, de 29 anos, comprou passagem para os Estados Unidos mesmo sem ter visto de estudante e agora não sabe quando vai poder embarcar.

A viagem está marcada para o dia 15 de agosto, mas a embaixada já a aconselhou a adiar a ida.

"Eu precisava chegar com antecedência para conseguir apartamento e organizar minha vida", explica Paola, que deveria se apresentar em Harvard em 1.º de setembro.

Por causa do problema com os documentos, a estudante de Farmácia pode ter o ingresso à universidade adiado. "É uma sensação de impotência, porque não depende de mim. Me organizei o ano inteiro para a viagem."

O problema começou a afetar também a realização de negócios e conexões aéreas.

"Quem comprou passagem para os próximos dias, sem visto, corre sério risco de não embarcar", afirma Constantino Karacostas, presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav) em São Paulo.

"A situação é grave, não só para o turismo. Muitas reuniões corporativas, com objetivo de fechar negócios, devem ser canceladas. Isso significa menos divisas e empregos."

Como o visto também é exigido em conexões, a suspensão também afeta voos com destino a outros continentes, mas que precisam passar pelos Estados Unidos. "As empresas vão precisar pensar rotas alternativas", diz Karacostas.

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