A vereadora Ana Maria de Holleben ficará detida em uma sala com cama e banheiro em vez de uma cela comum (Reprodução/Facebook)
Da Redação
Publicado em 3 de janeiro de 2013 às 21h26.
A vereadora Ana Maria de Holleben (PT-PR), de Ponta Grossa, acusada de forjar o próprio sequestro, irá passar a noite desta quinta-feira na delegacia local. Ela recebeu alta do Hospital Regional, onde estava sob efeito de sedativos e foi levada para a delegacia.
Por causa de sua situação instável, o depoimento previsto para acontecer durante a tarde não ocorreu, e, ao invés de ficar em uma cela comum ela permanecerá em uma sala com cama e banheiro. Quatro pessoas ligadas a ela permanecem detidas. Já o advogado de Ana, Pablo Milanese, deve entrar com pedido de habeas corpus para liberá-la.
A vereadora ficou desaparecida durante 24 horas, quando seu assessor Idalécio Valverde contou à polícia que Ana havia sido raptada por quatro pessoas. Na manhã desta quinta-feira, porém, Idalécio, mais o irmão Adalto e a esposa Suzicleia foram presos e, segundo policiais, contaram a farsa. A vereadora teve a prisão pedida e foi encontrada no Hospital Regional sob efeito de sedativos.
Segundo o delegado Danilo Cesto, da 13ª Subdivisão Policial, Ana deverá ser ouvida tão logo tenha melhoras em seu estado de saúde. "Se estado físico está bom, mas a gente percebe que ela está bem debilitada", disse. Antes de ir para a delegacia, Ana foi ao IML de Ponta Grossa fazer exame de corpo de delito.
O pedido de prisão foi feito pelo delegado Luiz Alberto Cartaxo, do Grupo Tigre, especializado em situações de sequestro. Em entrevista coletiva ele chegou a citar a possibilidade de Ana provocar a situação para não participar da eleição da Câmara.
Apesar de não ter feito o depoimento, os autos de flagrante foram enviados para a Justiça, que irá avaliar o pedido de prisão feito por Cartaxo.
Já o advogado Milanese, disse que sua cliente irá ajudar na investigação. "Ela quer e vai colaborar, mas no momento oportuno".
Ana e seus assessores deverão responder pelos crimes de formação de quadrilha, simulação de sequestro e fraude processual.