Senado: Além do primeiro filho de Bolsonaro, senadores de PL, Podemos, PP e PSDB também se manifestaram de forma contrária à intervenção federal no DF (Jefferson Rudy/Agência Senado/Flickr)
Agência O Globo
Publicado em 10 de janeiro de 2023 às 17h01.
Última atualização em 10 de janeiro de 2023 às 17h09.
Aprovado no Senado com ampla maioria, o decreto de intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal, assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), teve somente dez votos contrários, todos de senadores bolsonaristas. Um dos opositores à medida foi o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho mais velho do ex-presidente e que buscou desvincular do pai a responsabilidade pelos atos terroristas na Praça dos Três Poderes, no domingo.
A medida foi aprovada no início da tarde desta terça-feira, em sessão extraordinária. Os senadores chancelaram a medida adotada por Lula após a invasão ao Congresso, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal por apoiadores de Jair Bolsonaro. Dos 81 senadores, 70 participaram da sessão extraordinária de forma presencial ou remota.
Ao votar de forma remota, Flávio pediu a individualização dos crimes e disse que quer participar da comissão que acompanhará as investigações dos atos terroristas, para que não seja transformada em um palanque político. Ele tem atuado como uma barreira de contenção diante das críticas direcionadas ao seu pai, Jair Bolsonaro.
"Não queiram criar essa narrativa mentirosa como se tivesse alguma vinculação de Bolsonaro a esses atos irresponsáveis. O presidente Bolsonaro, após o resultado das eleições, ficou em silêncio, se recolheu e está lambendo as feridas. Não é essa expressão que muitos estão usando ai? É o que eles está fazendo, praticamente incomunicável, então é importante fazer esse registro", disse.
Além do primeiro filho de Bolsonaro, senadores de PL, Podemos, PP e PSDB também se manifestaram de forma contrária à intervenção federal no DF, todos aliados do ex-presidente ao longo de seus quatro anos de governo.
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