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Valcke quer consulta popular para definir futuras sedes

Após protestos no Brasil, secretário-geral da Fifa está cogitando cobrar candidatos uma aprovação formal da população, pelo Congresso ou referendo

Secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, durante visita para conferir o andamento das obras da Arena da Amazonas, em Manaus (Bruno Kelly/Reuters)

Secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, durante visita para conferir o andamento das obras da Arena da Amazonas, em Manaus (Bruno Kelly/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 21 de agosto de 2013 às 18h05.

Rio - Preocupado com os protestos contra a Copa no Brasil, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, cogitou nesta quarta-feira mudar o processo de escolha das sedes dos Mundiais. O dirigente revelou planos de cobrar dos países candidatos uma aprovação formal da população, através do Congresso ou de um referendo.

"Uma das lições que poderíamos aprender seria acrescentar no documento de candidatura a votação da maior autoridade do País. Talvez o governo deveria ter procurado o Congresso. Não precisaria ser unânime, mas a maioria do Congresso apoiando a candidatura", disse o secretário-geral, fazendo menção à Suíça, onde um referendo popular vetou a realização da Olimpíada de Inverno em 2022. A candidatura acabou sendo cancelada.

A mudança no sistema teria início somente no processo de escolha do Mundial de 2026. Antes, Fifa coordenará a realização da Copa no Brasil, no próximo ano, na Rússia, em 2018, e no Catar, em 2022. O secretário-geral, contudo, deixou claro que ainda se trata de uma proposta inicial. Ele ainda não levou o projeto de mudança para avaliação do Comitê Executivo da Fifa.

Com esta proposta, a entidade poderia evitar no futuro o constrangimento e até o risco que sofreu no Brasil durante a Copa das Confederações. A competição, preparatória para o Mundial, foi marcada por protestos em diferentes cidades-sedes do País em junho. Muitos manifestantes se mostraram contra a realização da Copa no Brasil. Pediram o direcionamento dos investimentos do governo para outras áreas, como saúde e educação.

Em algumas sedes, a polícia precisou intervir para que manifestantes não invadissem os estádios que receberiam as partidas da Copa das Confederações. Em Salvador, carros que serviam à Fifa foram apedrejados. Até a fachada do hotel que hospedou integrantes da entidade foi atingida pelos manifestantes.

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