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Valcke nega ter recebido ofertas de outros países para Copa

A Fifa deixou claro que não julgaria a situação política no Brasil e se negou a responder perguntas sobre o tema na coletiva de imprensa

O secretário-geral da Fifa, Jerôme Valcke, e o ministro dos Esportes, Aldo Rebelo: a Copa das Confederações, considerada um ensaio geral para o Mundial, foi ofuscada nas mídias nacional e internacional pelas manifestações. (AFP/ Pablo Porciuncula)
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Da Redação

Publicado em 24 de junho de 2013 às 15h28.

O secretário-geral da Fifa, o francês Jerôme Valcke, assegurou nesta segunda-feira que a entidade não havia recebido ofertas de outros países para sediar a Copa do Mundo de 2014 no lugar do Brasil, desmentindo o ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, que, minutos antes, havia feito referência a candidaturas.

"Nunca recebi ofertas oficiais por parte de outros países para organizar a Copa do Mundo de 2014", declarou o dirigente em coletiva de imprensa concedida no Maracanã, em meio à onda de protestos que agita no Brasil desde o início da Copa das Confederações.

"Quero deixar bem claro que a final da Copa das Confederações será disputada no Maracanã e que a Copa do Mundo será no Brasil. Não há plano B", insistiu, repetindo a expressão que já usou diversas vezes nos últimos meses.

Rebelo, que participou da mesma coletiva de imprensa, havia afirmado poucos minutos antes que "a simples notícia, a especulação de que os organizadores (o Brasil) poderiam perder a Copa havia causado o surgimento de candidaturas" de países como Estados Unidos, Inglaterra e Japão, explicando que tinha visto essas informações no noticiário.

O ministro também avaliou que o Brasil havia "superado o desafio de oferecer a estrutura e a logística para que as partidas fossem realizadas de acordo com as exigências (da Fifa). Em 2014, o país oferecerá uma Copa do Mundo de acordo com as expectativas".


"O Brasil assumiu estes encargos e responsabilidades que incluíam, além dos 12 estádios, obras nos setores de acessibilidade, hotéis e aeroportos, mas o governo também criou uma matriz de responsabilidade, que inclui obras que não eram obrigação, que consideramos importantes para facilitar a realização da Copa do Mundo", completou.

A Copa das Confederações, considerada um ensaio geral para o Mundial, foi ofuscada nas mídias nacional e internacional pelas manifestações que chegaram a reunir mais de um milhão de pessoas nas ruas na última quinta-feira e contam com milhares todos os dias desde a semana retrasada.

Os manifestantes protestam contra a má qualidade dos serviços públicos, a corrupção e os bilhões de reais gastos na construção de estádios, em um país enfrenta graves problemas em saúde e educação.

Rebelo fez questão de rebater essas críticas. "Só em 2013, foram gastos 177 bilhões de reais em saúde e educação. O orçamento do Ministério dos Esportes representa menos de 1% disso tudo, incluindo os recursos destinados às obras da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos", alegou o ministro.

"Não há desvio de recursos dessas áreas para a construção de estádios", assegurou Rebelo.

A Fifa deixou claro que não julgaria a situação política no Brasil e se negou a responder perguntas sobre o tema na coletiva de imprensa.

"A nossa situação é difícil, porque se não dissermos nada, vamos ser criticados, vão falar que a Fifa só pensa em futebol, mas se fizermos um comentário, vão nos acusar de interferência", disse antes da coletiva Walter de Gregorio, diretor de comunicação da entidade.

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O secretário-geral da Fifa, o francês Jerôme Valcke, assegurou nesta segunda-feira que a entidade não havia recebido ofertas de outros países para sediar a Copa do Mundo de 2014 no lugar do Brasil, desmentindo o ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, que, minutos antes, havia feito referência a candidaturas.

"Nunca recebi ofertas oficiais por parte de outros países para organizar a Copa do Mundo de 2014", declarou o dirigente em coletiva de imprensa concedida no Maracanã, em meio à onda de protestos que agita no Brasil desde o início da Copa das Confederações.

"Quero deixar bem claro que a final da Copa das Confederações será disputada no Maracanã e que a Copa do Mundo será no Brasil. Não há plano B", insistiu, repetindo a expressão que já usou diversas vezes nos últimos meses.

Rebelo, que participou da mesma coletiva de imprensa, havia afirmado poucos minutos antes que "a simples notícia, a especulação de que os organizadores (o Brasil) poderiam perder a Copa havia causado o surgimento de candidaturas" de países como Estados Unidos, Inglaterra e Japão, explicando que tinha visto essas informações no noticiário.

O ministro também avaliou que o Brasil havia "superado o desafio de oferecer a estrutura e a logística para que as partidas fossem realizadas de acordo com as exigências (da Fifa). Em 2014, o país oferecerá uma Copa do Mundo de acordo com as expectativas".


"O Brasil assumiu estes encargos e responsabilidades que incluíam, além dos 12 estádios, obras nos setores de acessibilidade, hotéis e aeroportos, mas o governo também criou uma matriz de responsabilidade, que inclui obras que não eram obrigação, que consideramos importantes para facilitar a realização da Copa do Mundo", completou.

A Copa das Confederações, considerada um ensaio geral para o Mundial, foi ofuscada nas mídias nacional e internacional pelas manifestações que chegaram a reunir mais de um milhão de pessoas nas ruas na última quinta-feira e contam com milhares todos os dias desde a semana retrasada.

Os manifestantes protestam contra a má qualidade dos serviços públicos, a corrupção e os bilhões de reais gastos na construção de estádios, em um país enfrenta graves problemas em saúde e educação.

Rebelo fez questão de rebater essas críticas. "Só em 2013, foram gastos 177 bilhões de reais em saúde e educação. O orçamento do Ministério dos Esportes representa menos de 1% disso tudo, incluindo os recursos destinados às obras da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos", alegou o ministro.

"Não há desvio de recursos dessas áreas para a construção de estádios", assegurou Rebelo.

A Fifa deixou claro que não julgaria a situação política no Brasil e se negou a responder perguntas sobre o tema na coletiva de imprensa.

"A nossa situação é difícil, porque se não dissermos nada, vamos ser criticados, vão falar que a Fifa só pensa em futebol, mas se fizermos um comentário, vão nos acusar de interferência", disse antes da coletiva Walter de Gregorio, diretor de comunicação da entidade.

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