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Vai chover no Natal? Veja a previsão do tempo para o fim de semana

Tendência é que final de semana tenha apenas pancadas de chuva, mas volume de água que pode cair até lá na região serrana e no noroeste do RJ, ES e MG é preocupante, segundo meteorologistas

O ciclone começou a se formar na noite desta terça-feira (Rovena Rosa/Agência Brasil)

O ciclone começou a se formar na noite desta terça-feira (Rovena Rosa/Agência Brasil)

AO

Agência O Globo

Publicado em 21 de dezembro de 2022 às 10h48.

Última atualização em 21 de dezembro de 2022 às 11h31.

A formação de um ciclone extratropical trará chuvas e ventanias para a Região Sudeste nesta quarta-feira e quinta-feira, que deverão prosseguir com menor intensidade até o domingo, quando se celebrará o Natal. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia, o volume da precipitação gera preocupação no Espírito Santo e na região serrana e no noroeste do Rio de Janeiro, além do norte, centro e leste de Minas Gerais, estado que pode registrar granizo. No entanto, a tendência é que as chuvas irão perder força com o avançar da semana, segundo meteorologistas ouvidos pelo O Globo.

O ciclone começou a se formar na noite desta terça-feira. No Rio de Janeiro, os maiores volumes de chuva deverão acontecer nesta quarta. Na quinta, o ciclone começa a se mover em direção ao Espírito Santo e ao sul da Bahia, antes de deixar o continente. Dados do Inmet do início do mês divulgados pelo O Globo, mostraram que a Região Sudeste iria ter chuva acima de média em dezembro.

"A partir do dia 22 o ciclone irá se afastar um pouco mais. Acontece que ele irá alimentar a Zona de Convergência do Atlântico Sul. Então, mesmo com seu deslocamento para o oceano irá ajudar a manter a chuva na região", explica a meteorologista Andrea Ramos, do Inmet.

Ainda segundo o Inmet, a tendência é que o acumulado de chuvas diário para parte do Sudeste, principalmente no Espírito Santo, supere os 80 mm diários. Estações do órgão nos municípios capixabas de São Mateus e Nova Venécia já registraram níveis acima do esperados para o mês nos últimos dias.

"A tendência é colocar alertas de chuvas intensas. São aquelas que trazem transtornos, como queda de energia elétrica, alagamentos, desabamentos e desmoronamentos", explica Andrea Ramos.

Nos últimos dias, só em São Mateus cerca de 1,4 mil pessoas tiveram de deixar suas casas em razão das chuvas. Em Nova Venécia, a grande quantidade de água fez com que a Defesa Civil do município alertasse, na última segunda-feira, para o risco de inundação e rompimento de uma represa.

No Rio de Janeiro, também há preocupação quanto aos efeitos da chuva para os próximos dias da semana. Já nesta terça-feira, estragos foram registrados em Campos dos Goytacazes, onde um dique à margem do Rio Paraíba do Sul rompeu, e em Macaé, onde uma cratera se abriu em uma rua.

"Até quinta-feira temos uma situação muito crítica na região serrana e no noroeste do estado. Chuva forte e persistente", diz o meteorologista Marcio Cataldi, professor da Universidade Federal Fluminense (UFF), ressaltando que, já no sábado e domingo, a chuva deverá dar trégua. "Nos dias 24 e 25, ela deve dar uma descansada, apenas com pancadas."

Segundo o Inmet, São Paulo deverá ser o estado do Sudeste menos atingido por chuvas, com pancadas isoladas no litoral e na porção norte mais próxima de Minas Gerais, como Ituperava.

Associadas ao calor e a umidade, as chuvas também deverão atingir o Norte do país na forma de pancadas ao longo da semana. Nesta quarta-feira, em Porto Velho (RO) e o oeste do Amazonas deverão ter chuvas mais intensas. A tendência segue a mesma também na região Centro-Oeste, onde a maior parte da região deverá ter apenas chuvas isoladas em pancadas.

No Nordeste, o restante da semana deverá ser em um sua maior parte sem chuvas, com exceção do sul e oeste da Bahia, o sul do Piauí e no Maranhão. Na região, a temperatura deve aumentar em alguns pontos, podendo chegar até os 38 °C e 39 °C no Piauí, Rio Grande do Norte, Pernambuco e Paraíba.

No Sul, outra região que sofreu com as chuvas desde meados de novembro, o tempo também tende a ficar mais aberto. Segundo o Inmet, em boa parte do Rio Grande do Sul não há chances de chuvas. A exceção é a porção nordeste do estado, que, assim como a faixa litorânea de Santa Catarina e Paraná, deverá ter precipitação na forma de pancadas. A temperatura também deverá aumentar no Sul, principalmente no oeste gaúcho, podendo chegar aos 34 °C.

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