Brasil

Vacina pode começar a ser distribuída no início de 2021, afirma Saúde

Previsão é produzir, inicialmente, 100 milhões de doses a partir de insumos importados

Pazuello: ministro interino da Saúde debateu o cronograma de produção da vacina ainda em testes contra a covid-19 no Brasil (Adriano Machado/Reuters)

Pazuello: ministro interino da Saúde debateu o cronograma de produção da vacina ainda em testes contra a covid-19 no Brasil (Adriano Machado/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 31 de agosto de 2020 às 22h09.

O ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, se reuniu nesta segunda-feira, 31, no Rio de Janeiro com a presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Nísia Trindade Lima, para debater o cronograma de produção da vacina ainda em testes contra a covid-19 no Brasil. A previsão é que, se tiver a eficácia comprovada, as primeiras doses sejam distribuídas no início de 2021, por meio do Programa Nacional de Imunização, que atende o Sistema Único de Saúde (SUS).

A previsão é produzir, inicialmente, 100 milhões de doses a partir de insumos importados. A produção integral da vacina na unidade técnico-cientifica Bio-Manguinhos, no Rio, deve começar a partir de abril de 2021.

"A Fiocruz está mobilizando todos os seus recursos tecnológicos e industriais em prol do acesso da população à vacina no menor tempo possível. Estamos conversando com a Anvisa e parceiros tecnológicos com o intuito de reduzir os prazos de produção, registro e distribuição da vacina", disse a presidente da Fiocruz.

O acordo entre a Fiocruz e a AstraZeneca é resultado de tratativas entre o governo brasileiro e o governo britânico, anunciado em 27 de junho pelo Ministério da Saúde. A parceria prevê a assinatura de um acordo de encomenda tecnológica, na primeira semana de setembro, e o desenvolvimento de uma plataforma para outras vacinas, como a da malária.

Para produção e aquisição da vacina contra a covid-19 produzida pelo laboratório AstraZeneca e Universidade de Oxford, o governo brasileiro liberou um crédito extraordinário de R$ 1,9 bilhão.

AstraZeneca entra na fase 3 de testes

Nos Estados Unidos, o país mais atingido pelo novo coronavírus, uma terceira vacina contra o covid-19 entra na terceira fase de testes. A vacina da farmacêutica britânica AstraZeneca anunciou nesta segunda-feira, 31, que a AZD 1222 se tornou a terceira vacina a entrar em testes em larga escala nos país, depois das vacinas feitas pela Moderna e Pfizer/BioNTech.

Em comunicado, a AstraZeneca disse que está "recrutando até 30.000 adultos com 18 anos ou mais de diversos grupos raciais, étnicos e geográficos que são saudáveis ou têm condições médicas estáveis, incluindo aqueles que vivem com HIV e os que correm maior risco de infecção pelo vírus SARS-CoV-2" nos Estados Unidos. Os participantes da fase 3 de testes receberão duas doses ativas ou de placebo, com intervalo de duas semanas.

Segundo levantamento de dados realizado pela Universidade Johns Hopkins, mais de 25 milhões de pessoas já foram infectadas pelo novo coronavírus ao redor do mundo. A plataforma da universidade contabiliza hoje 25.334.339 contaminações por covid-19 confirmadas ao redor do mundo e 848.203 mortes.

De acordo com os dados da plataforma da universidade, seguem como países com maior número de infectados os Estados Unidos (6.023.368 casos), seguido pelo Brasil (3.862.311) Índia (3.621.245), Rússia (992.402) e Peru (647.166).

Acompanhe tudo sobre:CoronavírusMinistério da SaúdePandemiaSUSvacina contra coronavírusVacinas

Mais de Brasil

Avião cai em Gramado, na Serra Gaúcha, e não deixa sobreviventes

São Paulo tem 88 mil imóveis que estão sem luz desde ontem; novo temporal causa alagamentos

Planejamento, 'núcleo duro' do MDB e espaço para o PL: o que muda no novo secretariado de Nunes

Lula lamenta acidente que deixou ao menos 38 mortos em Minas Gerais: 'Governo federal à disposição'