Brasil

Vaccari nega que tenha pedido doação a delator

Além de Vaccari Neto, foram indicados Haddad e mais cinco investigados por doações para a campanha do ex-prefeito de São Paulo

João Vaccari Neto: o advogado de Vaccari disse que o cliente jamais foi tesoureiro de campanha de quem quer que seja (Marcelo Camargo/ Agência Brasil/Agência Brasil)

João Vaccari Neto: o advogado de Vaccari disse que o cliente jamais foi tesoureiro de campanha de quem quer que seja (Marcelo Camargo/ Agência Brasil/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 15 de janeiro de 2018 às 15h40.

São Paulo - O ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto negou nesta segunda-feira, 15, que tenha pedido qualquer doação ao delator Ricardo Pessoa para a campanha do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT). A defesa de Vaccari Neto afirmou em nota que o indiciamento dele pela Polícia Federal (PF), por falsidade ideológica e lavagem de dinheiro, ocorreu com base exclusiva na palavra do delator Ricardo Pessoa.

Além de Vaccari Neto, foram indicados Haddad e mais cinco investigados. O advogado do ex-tesoureiro do PT, Luiz Flávio Borges D'Urso, disse que o cliente jamais foi tesoureiro de campanha de quem quer que seja e que eventuais débitos remanescentes da campanha do ex-prefeito de São Paulo eram de responsabilidade do diretório municipal do partido. D'Urso disse ainda que esses débitos eram totalmente distintos das responsabilidades de Vaccari Neto como então tesoureiro do diretório nacional da legenda.

De acordo com o advogado, Vaccari Neto cumpriu o dever de tesoureiro, a partir de 2010, ao pedir doações a pessoas físicas e jurídicas destinadas à sigla, "jamais à campanha dos candidatos". Segundo D'Urso, todas as doações foram "absolutamente legais, por via bancária, com emissão de recibos e sob fiscalização das autoridades competentes".

Leia a íntegra da nota da defesa de Vaccari Neto:

"Nota a Imprensa.

A defesa do Sr. João Vaccari Neto vem se manifestar sobre seu indiciamento pela Polícia Federal, que ocorreu com base exclusiva na palavra do Delator Ricardo Pessoa, negando, peremptoriamente, que o Sr. Vaccari tenha pedido qualquer doação a esse Delator para a campanha de Fernando Hadad à prefeitura de São Paulo, quanto mais oriunda de caixa dois. Tal informação desse Delator não é a verdade.

Esclarece ainda, que o Sr. Vaccari jamais foi tesoureiro de campanha de quem quer que seja e que eventuais débitos remanescentes de campanha do ex-prefeito paulista, eram de responsabilidade do Diretório Municipal do PT, totalmente distintos das responsabilidades do Sr. Vaccari, que era o Tesoureiro do Diretório Nacional do PT.

Salienta, por fim, que cumprindo seu dever de Tesoureiro, a partir de 2010, o Sr. Vaccari solicitou doações, à pessoas físicas e jurídicas, destinadas ao Partido dos Trabalhadores (jamais destinadas à campanha de candidatos), todas elas absolutamente legais, por via bancária, com emissão de recibos e sob fiscalização das autoridades competentes.

São Paulo, 15 de janeiro de 2018

Prof. Dr. Luiz Flávio Borges D'Urso"

Acompanhe tudo sobre:Fernando HaddadOperação Lava JatoPT – Partido dos Trabalhadoressao-paulo

Mais de Brasil

O que acontece agora após indiciamento de Bolsonaro e os outros 36 por tentativa de golpe de Estado?

Inmet prevê chuvas intensas em 12 estados e emite alerta amerelo para "perigo potencial" nesta sexta

'Tentativa de qualquer atentado contra Estado de Direito já é crime consumado', diz Gilmar Mendes

Entenda o que é indiciamento, como o feito contra Bolsonaro e aliados