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USP planeja curso de graduação em engenharia nuclear

Curso será realizado em Iperó, no interior de São Paulo, em parceria com o Ipen e a Marinha do Brasil (ABr)


	A infraestrutura do curso está sendo projetada, e estima-se que em 2013 as obras sejam iniciadas
 (©AFP/Arquivo / Jean-Pierre Clatot)

A infraestrutura do curso está sendo projetada, e estima-se que em 2013 as obras sejam iniciadas (©AFP/Arquivo / Jean-Pierre Clatot)

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Da Redação

Publicado em 2 de outubro de 2012 às 20h33.

São Paulo - A Escola Politécnica (Poli) da Universidade de São Paulo (USP) está preparando um curso de engenharia nuclear, que será realizado em parceria com o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) e a Marinha do Brasil.

De acordo com a instituição, não há uma data definida para abertura do novo curso ou de sua inclusão no vestibular da Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest).

Entretanto, já se sabe que, de início, serão oferecidas 60 vagas e o curso será realizado em Iperó, no interior de São Paulo, onde está localizado o Centro Experimental de Aramar (CEA), da Marinha, que doou uma parte de seu terreno para a construção das instalações.

Na mesma região, onde é desenvolvida parte do programa nuclear brasileiro, o Ipen constrói o Reator Multipropósito Brasileiro (RMB).

A infraestrutura do curso está sendo projetada, e estima-se que em 2013 as obras sejam iniciadas.

A grade do curso também ainda está em fase de elaboração, mas já temos as diretrizes do tipo de profissional que o curso formará. “Não vamos ensinar nossos alunos a fazer usinas, embora eles sejam capazes disso”, disse José Roberto Castilho Piqueira, vice-diretor da Poli.

O curso será baseado em três pilares: o primeiro, da mineração e materiais, mostrará os processos de enriquecimento de urânio e outros elementos. O segundo é a parte de informática, já que a engenharia nuclear requer uma engenharia computacional bastante sofisticada para se desenvolver. Por último, a parte mais evidente, que é a energética. Além disso, os primeiros anos reservam um ciclo básico de cálculo, física e química comum aos outros estudantes da Poli.

“Estamos conversando com professores da Poli, pesquisadores do Ipen e especialistas da Marinha sobre a melhor forma de habilitarmos nossos alunos. O processo ainda está sendo discutido”, afirmou Piqueira.

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