Uso de escavadeiras é reforçado na busca por sobreviventes de desabamento
Três retroescavadeiras estão sendo utilizadas para retirar o entulho mais pesado da montanha de destroços que ocupa o local onde estava o edifício
Agência Brasil
Publicado em 4 de maio de 2018 às 20h40.
O Corpo de Bombeiros aumentou hoje (4) o uso de máquinas pesadas nas buscas realizadas nos escombros do prédio que desabou no centro da capital paulista na última terça-feira (1º). Três retroescavadeiras estão sendo utilizadas para retirar o entulho mais pesado da montanha de destroços que ocupa o local onde estava o edifício.
Os bombeiros mantêm a estratégia de utilizar as máquinas nos locais em que as equipes de resgate e os cães farejadores já tenham feito a inspeção, evitando que o peso dos equipamentos afete um eventual sobrevivente.
Após a retirada do corpo da primeira vítima encontrada do desabamento, que ocorreu hoje no início da tarde, os cães farejadores não deram mais indícios que outros corpos ou sobreviventes estejam em lugares próximos aos que os bombeiros estão fazendo buscas.
"Os cães não tiveram ação igual [a que manifestaram quando encontraram o primeiro corpo] em nenhum local dos escombros", destacou o tenente dos bombeiros, Guilherme Derrite.
Segundo os bombeiros, foram retirados 20% do total de escombros do local. Para os demais 80%, serão necessários de 10 a 15 dias.
"A gente sabe que é muito difícil, mas a gente segue com esperança de encontrar um bolsão de ar, uma célula de sobrevivência, e que possa haver um milagre divino, uma pessoa com vida. O Corpo de Bombeiros vai trabalhar até o último dia", acrescentou.
Desde a manhã de hoje, os bombeiros aumentaram para seis o número de desaparecidos do desmoronamento. Oficialmente, a filha de uma mulher que morava no prédio apresentou queixa do desaparecimento da mãe e do companheiro dela. De acordo com a filha, o casal não deu notícias desde o dia do desabamento.