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UPP da Rocinha é inaugurada com muitas promessas

São 700 policiais, oito bases de apoio, cem câmeras de monitoramento, GPS e motocicletas na unidade que tentará fortalecer a pacificação da Rocinha

Vista da Rocinha: empresas começam a se instalar na comunidade (RICARDO LEONI)
DR

Da Redação

Publicado em 20 de setembro de 2012 às 18h33.

Rio - Com o desafio de concluir a pacificação no cinturão que envolve as áreas prioritárias para a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos, o governo do Estado do Rio de Janeiro inaugurou nesta quinta-feira, na Rocinha, a maior Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da capital e uma nova estratégia para o controle territorial da favela. São 700 policiais, oito bases de apoio, cem câmeras de monitoramento, GPS e motocicletas na unidade que tentará fortalecer a pacificação da Rocinha, iniciada há dez meses com a ocupação da polícia. Desde então, 13 pessoas foram mortas na região - a última delas, há uma semana, era um policial militar em treinamento para a UPP.

Apesar do anúncio das novas estratégias, as principais medidas ainda são promessas. Na inauguração, apenas duas bases de apoio e a sede - improvisada em contêineres - estavam abertas. A implantação das cem câmeras de monitoramento em pontos críticos da comunidade ainda está em fase de licitação.

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Além das câmeras de monitoramento, sistema inédito entre as UPPs, as patrulhas serão distribuídas entre oito bases de apoio na comunidade que cobrem 25 localidades e um território de 840 mil metros quadrados em que mais de 80% das vielas são inacessíveis a veículos.

Até o momento, não há prazo definido para a implantação de todas as medidas, o que gera desconfiança entre a população. Do lado das autoridades, o clima na inauguração era de confiança no projeto de pacificação. O governador Sérgio Cabral (PMDB) destacou que os criminosos vão tentar retomar a favela, mas que a polícia vai ficar para sempre "como no Leblon ou Ipanema." "No futuro, essas crianças que estão aqui não terão em sua memória nenhum tipo de conflito da polícia com o poder paralelo. Antigamente a polícia era invasora. Agora, o bandido é que tenta invadir a Rocinha", afirmou.

O secretário de segurança do Rio, José Mariano Beltrame, destacou que a pacificação é um processo e que o maior desafio começa a partir de agora, com a política de aproximação entre polícia e comunidade. "Ocupar é a parte mais fácil. Sedimentar é mais complicado e isso se dá com a polícia atuando, participação da comunidade e ações que tragam cidadania para esse lugar."

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