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União Europeia acusa Brasil de protecionismo

Europeus dizem que Brasil criou seu “Buy Brazilian”, uma referência às políticas discriminatórias para incentivar empresas nacionais

Sede do BNDES: banco é acusado de subsidiar as exportações (Divulgação/BNDES)
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Da Redação

Publicado em 26 de outubro de 2010 às 08h47.

Bruxelas - A União Europeia (UE) acusa o Brasil de ter criado em julho seu “Buy Brazilian”, em uma referência às políticas discriminatórias para incentivar empresas nacionais. O termo cunhado pelos europeus é uma analogia às medidas estabelecidas pelo governo de Barack Obama para incentivar sua indústria nacional diante da crise, que acabaram sendo chamadas de “Buy American”.

No caso do Brasil, a UE afirma que a medida adotada é mais profunda que a americana e as iniciativas não têm relação com a crise financeira internacional, mas com uma estratégia industrial. A informação faz parte de um relatório preparado pela Comissão Europeia sobre medidas protecionistas adotadas por vários países. O relatório é usado como referência para empresas europeias e como “escudo” nas disputas contra países que acusam a Europa de protecionismo.

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No capítulo brasileiro, a UE chama a atenção para as medidas para frear importações e para o fato de que nenhuma medida adotada pelo Brasil na época da crise ter sido removida. Além disso, a UE ataca o Brasil por estar usando o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para subsidiar suas exportações.

Segundo o documento, desde 2008 mais de 330 medidas restritivas foram adotadas pelos maiores parceiros comerciais da UE, dificultando a entrada de produtos europeus nesses mercados. Apesar da recuperação mundial em 2010, apenas 10% dessas barreiras foram removidas.

Para a UE, o País foi um dos que mais adotaram medidas, restringindo importações e criando subsídios para exportações. Foram 12 medidas, incluindo três barreiras às importações, duas restrições a empresas estrangeiras e cinco iniciativas de estímulo às exportações. Apenas oito países adotaram mais medidas que o Brasil. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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