Um mês após incêndio de Santa Maria, 22 seguem internados
Dos feridos hospitalizados, três estão em UTIs respirando com ajuda de aparelhos
Da Redação
Publicado em 27 de fevereiro de 2013 às 12h35.
Rio de Janeiro - Um mês depois do incêndio mais trágico do Brasil nos últimos 50 anos, que deixou 239 mortos, 22 pessoas ainda continuam hospitalizadas após inalarem fumaça tóxica em uma boate da cidade de Santa Maria, informou nesta quarta-feira o Ministério da Saúde.
As vítimas da tragédia ocorrida na boate Kiss em 27 de janeiro foram homenageadas nesta quarta, dia em que completa um mês da tragédia, com o badalo dos sinos de todas as igrejas da cidade durante um minuto.
De acordo com um boletim divulgado nesta quarta-feira pelo Ministério da Saúde, 100 pessoas foram hospitalizadas, e entre elas 22 continuam internadas, três em unidades de terapia intensiva que respiram com ajuda de aparelhos.
No dia do incêndio, 235 pessoas morreram, a grande maioria estudantes da Universidade Federal de Santa Maria que participavam de uma festa na boate, e outras quatro morreram nos dias seguintes.
Entre os atos para lembrar o primeiro mês da tragédia, está previsto um encontro de parentes e amigos das vítimas na praça principal de Santa Maria na noite desta quarta, que contará também com parentes de jovens mortos em uma boate em Buenos Aires em 2004, em uma tragédia similar.
Também está prevista a entrega à Promotoria de um documento com 27 mil assinaturas, cerca de 10% da população de Santa Maria, que exige justiça e castigo aos responsáveis pelo incêndio.
Os dois proprietários da boate e dois integrantes do grupo Gurizada Fandangueira, que atuava no momento do acidente, estão detidos de forma preventiva.
Segundo a polícia, um sinalizador usado pelo grupo musical na boate atingiu a espuma usada como isolante sonoro no teto que, ao pegar fogo, gerou substâncias tóxicas que causaram a maioria das mortes.
As autoridades também averiguam como possíveis agravantes a falta de extintores e a ausência de portas de emergência, que a boate deveria ter segundo a legislação local.
A promotoria pretende denunciar penalmente os quatro acusados pelo delito de homicídio doloso qualificado.
"Nossa intenção inicialmente é denunciar os principais responsáveis por homicídio doloso qualificado por asfixia, que são as pessoas que tinham domínio sobre o local e que podiam, de forma alguma, ter evitado a tragédia", afirmou o promotor Joel Dutra, um dos responsáveis pelo processo, em entrevista à "Agência Brasil".
O promotor admitiu que, além dos quatro presos, o órgão pode solicitar a detenção de outras pessoas que são investigadas e que igualmente serão denunciadas, embora por outros delitos relacionados com a tragédia.
Rio de Janeiro - Um mês depois do incêndio mais trágico do Brasil nos últimos 50 anos, que deixou 239 mortos, 22 pessoas ainda continuam hospitalizadas após inalarem fumaça tóxica em uma boate da cidade de Santa Maria, informou nesta quarta-feira o Ministério da Saúde.
As vítimas da tragédia ocorrida na boate Kiss em 27 de janeiro foram homenageadas nesta quarta, dia em que completa um mês da tragédia, com o badalo dos sinos de todas as igrejas da cidade durante um minuto.
De acordo com um boletim divulgado nesta quarta-feira pelo Ministério da Saúde, 100 pessoas foram hospitalizadas, e entre elas 22 continuam internadas, três em unidades de terapia intensiva que respiram com ajuda de aparelhos.
No dia do incêndio, 235 pessoas morreram, a grande maioria estudantes da Universidade Federal de Santa Maria que participavam de uma festa na boate, e outras quatro morreram nos dias seguintes.
Entre os atos para lembrar o primeiro mês da tragédia, está previsto um encontro de parentes e amigos das vítimas na praça principal de Santa Maria na noite desta quarta, que contará também com parentes de jovens mortos em uma boate em Buenos Aires em 2004, em uma tragédia similar.
Também está prevista a entrega à Promotoria de um documento com 27 mil assinaturas, cerca de 10% da população de Santa Maria, que exige justiça e castigo aos responsáveis pelo incêndio.
Os dois proprietários da boate e dois integrantes do grupo Gurizada Fandangueira, que atuava no momento do acidente, estão detidos de forma preventiva.
Segundo a polícia, um sinalizador usado pelo grupo musical na boate atingiu a espuma usada como isolante sonoro no teto que, ao pegar fogo, gerou substâncias tóxicas que causaram a maioria das mortes.
As autoridades também averiguam como possíveis agravantes a falta de extintores e a ausência de portas de emergência, que a boate deveria ter segundo a legislação local.
A promotoria pretende denunciar penalmente os quatro acusados pelo delito de homicídio doloso qualificado.
"Nossa intenção inicialmente é denunciar os principais responsáveis por homicídio doloso qualificado por asfixia, que são as pessoas que tinham domínio sobre o local e que podiam, de forma alguma, ter evitado a tragédia", afirmou o promotor Joel Dutra, um dos responsáveis pelo processo, em entrevista à "Agência Brasil".
O promotor admitiu que, além dos quatro presos, o órgão pode solicitar a detenção de outras pessoas que são investigadas e que igualmente serão denunciadas, embora por outros delitos relacionados com a tragédia.