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Turismo brasileiro tem que aproveitar visibilidade da Copa

Ministro expressou confiança em que aeroportos estarão em "plena capacidade" de atender aos 600 mil estrangeiros que são esperados para o Mundial

Torcedores na Copa das Confederações: segundo ministro do Turismo, Brasil tem como meta 7,5 milhões de turistas estrangeiros para 2016 (REUTERS/Jorge Silva)
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Da Redação

Publicado em 2 de outubro de 2013 às 16h36.

Brasília - O setor turístico do Brasil tem que aproveitar a Copa do Mundo do próximo ano, evento que colocará "todos os olhos do planeta sobre o país", declarou nesta quarta-feira em entrevista à Agência Efe o ministro brasileiro de Turismo , Gastão Vieira.

"Será uma oportunidade única e irrepetível", disse Vieira sobre o impacto que a grande reunião do futebol pode ter sobre o setor turístico de um país com enorme potencial, mas que ainda não consegue superar a marca de 5,6 milhões de visitantes estrangeiros por ano.

Esse número é similar ao número de visitantes anuais da Argentina, mas é pouco para as dimensões e o potencial do Brasil, que segundo Vieira tem como meta 7,5 milhões de turistas estrangeiros para 2016, quando o Rio de Janeiro será sede dos Jogos Olímpicos.

A reunião olímpica, que será realizada pela primeira vez na América do Sul, dará sequência à visibilidade que o país começará a ter com o Mundial de 2014, mas Vieira esclareceu que o Governo agora trabalha em função das prioridades.

"A primeira, sem dúvidas, é o Mundial", apontou o ministro, embora tenha admitido que ainda resta muito por fazer para conseguir o objetivo de que o estrangeiro "seja tratado como único desde o momento de sua chegada ao Brasil, até que embarque de volta para seu país".

Nesse sentido, Vieira reconheceu que ainda faltam concluir obras em vários aeroportos das 12 cidades sedes do Mundial, que as empresas aéreas do país enfrentam dificuldades financeiras produto da crise global e que a rede hoteleira tem problemas que ainda não foram resolvidos.

No entanto, o ministro expressou plena confiança em que os aeroportos e as companhias aéreas estarão em "plena capacidade" de atender aos 600 mil estrangeiros que são esperados para o Mundial e os 3 milhões de brasileiros que deverão circular pelo país durante o evento, que será realizada entre 12 de junho e 13 de julho de 2014.


Em relação à rede hoteleira, além das dúvidas que existem sobre sua capacidade em algumas das 12 sedes do Mundial, Vieira também reconheceu que "preocupa" a possibilidade de que se repitam os focos especulativos que houve em outros eventos realizados no país.

Como exemplo, o ministro citou o ocorrido no ano passado, nas vésperas da Conferência da ONU sobre o Desenvolvimento Sustentável Rio+20, que foi realizada no Rio de Janeiro e à qual várias delegações estrangeiras ameaçaram não comparecer pelos preços abusivos dos hotéis.

A situação finalmente foi resolvida e os preços se adequaram à realidade, mas mesmo assim Vieira admitiu que o Governo está "preocupado" com a possibilidade da especulação se repitir, por isso que seu escritório já mantém um "diálogo constante" com o setor hoteleiro.

Outro problema nessa área é a qualificação dos hotéis, que no Brasil não está devidamente regulamentada, o qual faz com que haja estabelecimentos de cinco estrelas "que não chegariam a três" em outros países, admitiu.

Há três anos, o Governo tentou pôr ordem e anunciou um plano de requalificação hoteleira baseado nos padrões internacionais, mas não chegou a realizá-lo.

Vieira explicou que, por obstáculos impostos pela legislação, a adesão a esse plano "não era obrigatória" e o nível de resposta dos hotéis dispostos a passar por essa nova avaliação "foi ridículo".


Com a aproximação da Copa do Mundo, o Ministério do Turismo preparará uma guia própria que será distribuída entre os turistas e avaliará os hotéis segundo qualificações internacionais, embora Vieira tenha esclarecido que isso não alterará o número de estrelas atribuídas, por isso que só servirá como "orientação".

Apesar do Brasil pretender usar os eventos esportivos para melhorar sua posição como destino internacional, Vieira também afirmou que o setor turístico do país tem uma "enorme força" em seu poderoso mercado interno.

O ministro disse à Agência Efe que as melhorias sociais que permitiram que quase 40 milhões de pessoas saíssem da pobreza na última década, deram ao turismo interno uma fortaleza que "surpreendeu, surpreende e surpreenderá".

Como exemplo, Vieira citou dados do ano passado, quando o número de estrangeiros que visitou o país chegou a 5,6 milhões, enquanto o turismo interno mobilizou cerca de 60 milhões de brasileiros.

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Brasília - O setor turístico do Brasil tem que aproveitar a Copa do Mundo do próximo ano, evento que colocará "todos os olhos do planeta sobre o país", declarou nesta quarta-feira em entrevista à Agência Efe o ministro brasileiro de Turismo , Gastão Vieira.

"Será uma oportunidade única e irrepetível", disse Vieira sobre o impacto que a grande reunião do futebol pode ter sobre o setor turístico de um país com enorme potencial, mas que ainda não consegue superar a marca de 5,6 milhões de visitantes estrangeiros por ano.

Esse número é similar ao número de visitantes anuais da Argentina, mas é pouco para as dimensões e o potencial do Brasil, que segundo Vieira tem como meta 7,5 milhões de turistas estrangeiros para 2016, quando o Rio de Janeiro será sede dos Jogos Olímpicos.

A reunião olímpica, que será realizada pela primeira vez na América do Sul, dará sequência à visibilidade que o país começará a ter com o Mundial de 2014, mas Vieira esclareceu que o Governo agora trabalha em função das prioridades.

"A primeira, sem dúvidas, é o Mundial", apontou o ministro, embora tenha admitido que ainda resta muito por fazer para conseguir o objetivo de que o estrangeiro "seja tratado como único desde o momento de sua chegada ao Brasil, até que embarque de volta para seu país".

Nesse sentido, Vieira reconheceu que ainda faltam concluir obras em vários aeroportos das 12 cidades sedes do Mundial, que as empresas aéreas do país enfrentam dificuldades financeiras produto da crise global e que a rede hoteleira tem problemas que ainda não foram resolvidos.

No entanto, o ministro expressou plena confiança em que os aeroportos e as companhias aéreas estarão em "plena capacidade" de atender aos 600 mil estrangeiros que são esperados para o Mundial e os 3 milhões de brasileiros que deverão circular pelo país durante o evento, que será realizada entre 12 de junho e 13 de julho de 2014.


Em relação à rede hoteleira, além das dúvidas que existem sobre sua capacidade em algumas das 12 sedes do Mundial, Vieira também reconheceu que "preocupa" a possibilidade de que se repitam os focos especulativos que houve em outros eventos realizados no país.

Como exemplo, o ministro citou o ocorrido no ano passado, nas vésperas da Conferência da ONU sobre o Desenvolvimento Sustentável Rio+20, que foi realizada no Rio de Janeiro e à qual várias delegações estrangeiras ameaçaram não comparecer pelos preços abusivos dos hotéis.

A situação finalmente foi resolvida e os preços se adequaram à realidade, mas mesmo assim Vieira admitiu que o Governo está "preocupado" com a possibilidade da especulação se repitir, por isso que seu escritório já mantém um "diálogo constante" com o setor hoteleiro.

Outro problema nessa área é a qualificação dos hotéis, que no Brasil não está devidamente regulamentada, o qual faz com que haja estabelecimentos de cinco estrelas "que não chegariam a três" em outros países, admitiu.

Há três anos, o Governo tentou pôr ordem e anunciou um plano de requalificação hoteleira baseado nos padrões internacionais, mas não chegou a realizá-lo.

Vieira explicou que, por obstáculos impostos pela legislação, a adesão a esse plano "não era obrigatória" e o nível de resposta dos hotéis dispostos a passar por essa nova avaliação "foi ridículo".


Com a aproximação da Copa do Mundo, o Ministério do Turismo preparará uma guia própria que será distribuída entre os turistas e avaliará os hotéis segundo qualificações internacionais, embora Vieira tenha esclarecido que isso não alterará o número de estrelas atribuídas, por isso que só servirá como "orientação".

Apesar do Brasil pretender usar os eventos esportivos para melhorar sua posição como destino internacional, Vieira também afirmou que o setor turístico do país tem uma "enorme força" em seu poderoso mercado interno.

O ministro disse à Agência Efe que as melhorias sociais que permitiram que quase 40 milhões de pessoas saíssem da pobreza na última década, deram ao turismo interno uma fortaleza que "surpreendeu, surpreende e surpreenderá".

Como exemplo, Vieira citou dados do ano passado, quando o número de estrangeiros que visitou o país chegou a 5,6 milhões, enquanto o turismo interno mobilizou cerca de 60 milhões de brasileiros.

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