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"Tudo isso é uma surpresa", diz Geddel sobre prisão preventiva

O ex-ministro dos governos Dilma e Temer foi acusado de tentar atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato

Geddel Vieira Lima: o ex-ministro negou ter sido "maltratado" durante o ato de seu encarceramento (Ueslei Marcelino/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 6 de julho de 2017 às 15h59.

São Paulo - O ex-ministro dos governos Dilma e Temer Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) afirmou, nesta quinta-feira, 6, durante audiência de custódia, que sempre cooperou com a Justiça e se disse "surpreendido" com sua prisão preventiva.

Ele negou ter sido "maltratado" durante o ato de seu encarceramento e alegou não ter tido "tratamento diferenciado".

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A detenção dele foi decretada pelo juiz federal da 10ª Vara, Vallisney de Oliveira, no âmbito da "Operação Cui Bono?".

"Tudo isso pra mim aqui é uma surpresa. Tenho 58 anos de idade e não tinha nenhum tipo de problema. Coopero com a Justiça e sempre cooperei. Tudo que eu fiz foi sob orientação dos meus advogados. Tenho crença inabalável que em nenhum momento eu tomei nenhuma atitude que pudesse ser interpretada como um embaraço à Justiça", relatou.

A prisão é de caráter preventivo e tem como fundamento elementos reunidos a partir de informações fornecidas em depoimentos recentes do doleiro Lúcio Bolonha Funaro, do empresário Joesley Batista e do diretor jurídico do grupo J&F, Francisco de Assis e Silva, sendo os dois últimos, em acordo de colaboração premiada.

Os procuradores afirmam que Geddel tem agido para atrapalhar as investigações.

O objetivo de Geddel seria evitar que o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o próprio Lúcio Funaro firmem acordo de colaboração com o Ministério Público Federal.

Para isso, segundo os investigadores, tem atuado no sentido de assegurar que ambos recebam vantagens indevidas, além de "monitorar" o comportamento do doleiro para constrangê-lo a não fechar o acordo.

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