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Tropas federais vão ocupar favelas após ataques a UPPs

Na semana passada, criminosos atearam fogo a bases de Unidades de Polícia Pacificadoras em conjunto de favelas na Zona Norte do Rio

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 24 de março de 2014 às 14h14.

Rio de Janeiro - Tropas federais irão ocupar o Complexo da Maré, um conjunto de favelas localizado perto de vias de acesso ao Rio de Janeiro, informaram nesta segunda-feira o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), depois de ataques a policiais.

Na semana passada, criminosos atearam fogo a bases de Unidades de Polícia Pacificadoras (UPPs) no conjunto de favelas Manguinhos/Mandela, na zona norte, onde três áreas com UPP foram alvo de ataques. Supostos traficantes que resistem à presença policial nas comunidades atacaram bases de apoio das unidades e balearam policiais.

A mobilização das tropas federais para a Maré antecede a implantação de uma UPP no local, prevista para o segundo semestre. Essa ocupação é por tempo indeterminado. Se necessário, a presença das tropas poderá ser ampliada a outras comunidades, segundo o ministro.

O início da ocupação e o efetivo que será empregado não foram revelados, porque equipes técnicas do governo estadual estão definindo os detalhes operacionais da ocupação.

Para o emprego de tropas federais, o governo do Rio de Janeiro solicitou formalmente ao governo federal uma Garantia da Lei da Ordem (GLO), instrumento legal que viabiliza ações das Formas Armadas para atuar em questões de segurança pública.

"Isso é um passo decisivo para avançarmos na área de segurança. É uma área estratégica, porque ali passam Linha Amarela, Linha Vermelha e é perto do aeroporto internacional... essa é uma área sensível", disse Cabral a jornalistas.

Cardozo disse, no entanto, que a onda de ataques não colocará em risco a realização da Copa do Mundo neste ano. O Rio receberá a final da competição, em 13 de julho.

"De forma nenhuma isso afeta a Copa. Estamos capacitados para receber os turistas e defender os moradores", acrescentou Cardozo.

Na região da Maré já existe um batalhão da Polícia Militar voltado exclusivamente para ações na comunidade e no seu entorno. A facção criminosa apontada por autoridades como responsável por comandar os ataques dos últimos dias tem uma presença pequena neste conjunto de favelas.

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