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Tribunal nega habeas corpus e mantém Zelada preso

A decisão mantém o ex-diretor de Internacional da Petrobras na prisão


	Jorge Zelada está preso desde o dia 2 de julho pela Operação Lava Jato
 (Gabriel Jose/Reuters)

Jorge Zelada está preso desde o dia 2 de julho pela Operação Lava Jato (Gabriel Jose/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 12 de agosto de 2015 às 21h05.

São Paulo e Curitiba - O Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF4) negou habeas corpus para o ex-diretor de Internacional da Petrobras, Jorge Luiz Zelada, preso sob suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro.

A decisão, nesta quarta-feira, 12, mantém Zelada na prisão e foi tomada por unanimidade pela 8ª Turma do TRF4.

Para o relator da Operação Lava Jato na Corte, desembargador João Pedro Gebran Neto, o ex-diretor da estatal 'é um dos investigados com posição de preponderância no grupo, sendo necessária a manutenção da prisão preventiva'.

O desembargador avalia que 'o risco de reiteração criminosa é concreto, visto que o ex-diretor movimentou grandes quantias da Suíça para Mônaco em momento em que a Operação Lava Jato já era notória'.

Gebran ressaltou que a conduta de Zelada 'demonstra não só a indiferença perante o Direito, mas também revela maior risco à ordem pública'.

Zelada está preso desde o dia 2 de julho. A detenção fez parte da 15.ª fase da Operação Lava Jato. Ele é acusado de tentar ocultar valores desviados.

Entre julho e agosto de 2014, Zelada transferiu o equivalente a R$ 25 milhões de contas secretas na Suíça para o Principado de Mônaco.

A defesa do executivo argumentou perante o TRF4 que as informações de Mônaco são conhecidas pelas autoridades desde fevereiro de 2015.

A defesa de Zelada afirma que não houve reiteração delitiva que justificasse a medida cautelar decretada em julho.

Ao votar pela rejeição ao habeas corpus de Zelada, o relator Gebran Neto, responsável pelas ações da Lava Jato no tribunal, anotou que o acusado 'tinha uma conduta bastante semelhante a de outros diretores da Petrobras investigados' - como Nestor Cerveró (antecessor de Zelada) e Renato Duque (ex-diretor de Serviços), 'recebendo a propina das empreiteiras e negociando diretamente o ganho junto a algumas empresas com contratos menores'.

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