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Três UPPs são atacadas e comandante é baleado

Uma delas foi incendiada e seu comandante, baleado

Segurança é reforçada na UPP da Vila Cruzeiro, no Rio de Janeiro: dois suspeitos foram baleados e um deles foi preso (Tânia Rêgo/Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 20 de março de 2014 às 23h34.

Rio - Pelo menos três sedes de Unidade de Polícia Pacificadora ( UPPs ) foram atacadas por criminosos na noite desta quinta-feira, 20, na zona norte do Rio. Uma delas foi incendiada e seu comandante, baleado. Outro PM foi ferido com uma pedrada. Dois suspeitos foram baleados e um deles foi preso.

O tumulto começou na UPP de Manguinhos, por volta das 18h30. Policiais da unidade tinham ido até um prédio abandonado, que havia sido ocupado por invasores, com a intenção de cumprir uma ordem de desocupação. A retirada dos invasores começou pacífica, mas um grupo passou a atacar os policiais com pedradas. Um soldado foi ferido a pedrada e o tumulto aumentou, exigindo a intervenção do Batalhão de Choque.

Traficantes se aproveitaram da confusão e atacaram policiais e a sede da UPP. Houve troca de tiros, durante a qual o capitão Gabriel de Toledo, comandante da UPP, foi baleado na coxa direita. Levado inicialmente ao Hospital Federal de Bonsucesso, na mesma região, ele foi submetido a exames e depois transferido para o Hospital da Polícia Militar, onde seria operado durante a madrugada.

Criminosos também atacaram dois carros da PM e o contêiner onde funcionava a UPP, ateando fogo a eles. O incêndio atingiu a rede elétrica e deixou sem eletricidade parte do conjunto de favelas, composto por 13 comunidades.

Por conta do tumulto e da troca de tiros, a circulação de trens da Supervia no ramal de Saracuruna, que passa perto da comunidade, foi interrompida por volta das 19h30 e regularizada apenas às 22 horas. A avenida Leopoldo Bulhões, principal via das imediações de Manguinhos, também foi interditada.

Outros ataques

Por volta das 20 horas, criminosos atacaram outra UPP, a Camarista-Méier, situada no complexo de favelas de Lins de Vasconcelos e inaugurada em 2 de dezembro de 2013. A unidade foi atingida a tiros por bandidos, mas ninguém foi atingido.

O terceiro ataque foi à UPP do Alemão. Policiais foram surpreendidos por bandidos e houve tiroteio. Dois suspeitos foram baleados. Um deles conseguiu fugir, mas o outro foi preso. Seu nome não havia sido divulgado até a noite.

Um quarto ataque (à UPP Arará e Mandela, vizinha de Manguinhos) também chegou a ser divulgada por moradores através das redes sociais, mas não havia sido oficialmente confirmada.

Em nota, o governo do Estado do Rio afirmou que mantém "o firme compromisso assumido com as populações das comunidades e com a população de todo o Estado do Rio de Janeiro de não sair, em hipótese alguma, desses locais ocupados e manter a política da pacificação".

Ataques de criminosos a policiais e sedes de UPPs têm se tornado cada vez mais frequentes. Toledo foi o segundo oficial de UPP baleado neste mês. No dia 13, o subcomandante da UPP da Vila Cruzeiro, Leidson Alves, de 27 anos, morreu baleado na testa, no Parque Proletário, na Penha (zona norte). Desde que as UPPs começaram a ser implantadas, em 2008, 11 policiais que atuavam nessas unidades foram mortos.

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Rio - Pelo menos três sedes de Unidade de Polícia Pacificadora ( UPPs ) foram atacadas por criminosos na noite desta quinta-feira, 20, na zona norte do Rio. Uma delas foi incendiada e seu comandante, baleado. Outro PM foi ferido com uma pedrada. Dois suspeitos foram baleados e um deles foi preso.

O tumulto começou na UPP de Manguinhos, por volta das 18h30. Policiais da unidade tinham ido até um prédio abandonado, que havia sido ocupado por invasores, com a intenção de cumprir uma ordem de desocupação. A retirada dos invasores começou pacífica, mas um grupo passou a atacar os policiais com pedradas. Um soldado foi ferido a pedrada e o tumulto aumentou, exigindo a intervenção do Batalhão de Choque.

Traficantes se aproveitaram da confusão e atacaram policiais e a sede da UPP. Houve troca de tiros, durante a qual o capitão Gabriel de Toledo, comandante da UPP, foi baleado na coxa direita. Levado inicialmente ao Hospital Federal de Bonsucesso, na mesma região, ele foi submetido a exames e depois transferido para o Hospital da Polícia Militar, onde seria operado durante a madrugada.

Criminosos também atacaram dois carros da PM e o contêiner onde funcionava a UPP, ateando fogo a eles. O incêndio atingiu a rede elétrica e deixou sem eletricidade parte do conjunto de favelas, composto por 13 comunidades.

Por conta do tumulto e da troca de tiros, a circulação de trens da Supervia no ramal de Saracuruna, que passa perto da comunidade, foi interrompida por volta das 19h30 e regularizada apenas às 22 horas. A avenida Leopoldo Bulhões, principal via das imediações de Manguinhos, também foi interditada.

Outros ataques

Por volta das 20 horas, criminosos atacaram outra UPP, a Camarista-Méier, situada no complexo de favelas de Lins de Vasconcelos e inaugurada em 2 de dezembro de 2013. A unidade foi atingida a tiros por bandidos, mas ninguém foi atingido.

O terceiro ataque foi à UPP do Alemão. Policiais foram surpreendidos por bandidos e houve tiroteio. Dois suspeitos foram baleados. Um deles conseguiu fugir, mas o outro foi preso. Seu nome não havia sido divulgado até a noite.

Um quarto ataque (à UPP Arará e Mandela, vizinha de Manguinhos) também chegou a ser divulgada por moradores através das redes sociais, mas não havia sido oficialmente confirmada.

Em nota, o governo do Estado do Rio afirmou que mantém "o firme compromisso assumido com as populações das comunidades e com a população de todo o Estado do Rio de Janeiro de não sair, em hipótese alguma, desses locais ocupados e manter a política da pacificação".

Ataques de criminosos a policiais e sedes de UPPs têm se tornado cada vez mais frequentes. Toledo foi o segundo oficial de UPP baleado neste mês. No dia 13, o subcomandante da UPP da Vila Cruzeiro, Leidson Alves, de 27 anos, morreu baleado na testa, no Parque Proletário, na Penha (zona norte). Desde que as UPPs começaram a ser implantadas, em 2008, 11 policiais que atuavam nessas unidades foram mortos.

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