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Trabalho dos bombeiros em prédio que desabou deve terminar neste domingo

Ao finalizar buscas, os bombeiros vão iniciar a vistoria dos prédios que estão interditados no entorno

Desabamento: camelô considerado desaparecido se apresentou nesta sexta (11) ao 3º Distrito Policial (Leonardo Benassatto/Reuters)

Desabamento: camelô considerado desaparecido se apresentou nesta sexta (11) ao 3º Distrito Policial (Leonardo Benassatto/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 11 de maio de 2018 às 15h42.

O Corpo de Bombeiros estimou nesta sexta-feira, 11, que os trabalhos de busca por desaparecidos e retirada de escombros no edifício Wilton Paes de Almeida, no centro de São Paulo, terminem no domingo, dia 13. No 11º dia após a tragédia, a corporação continua fazendo escavações no primeiro subsolo.

Ao finalizar as buscas, os bombeiros vão iniciar a vistoria dos prédios que estão interditados.

Técnicos da Prefeitura estiveram nos escombros na manhã desta sexta para avaliar o segundo subsolo do edifício Wilton Paes de Almeida, já que havia a suspeita de que uma parede pode apresentar risco de queda.

Desaparecido

Nesta sexta-feira, o camelô Arthur Hector de Paula, de 45 anos, registrado como desaparecido e possível vítima no desabamento, se apresentou no 3º Distrito Policial (Campos Elíseos). Ele conta que estava no prédio, mas saiu minutos antes para tomar uma cerveja com um conhecido.

Na segunda-feira, 7, o Corpo de Bombeiros chegou a confirmar oficialmente as buscas pelo camelô, que passou a ser considerado do 6º desaparecido. Parentes registraram na segunda um boletim de ocorrência para informar o desaparecimento do homem. Ele foi localizado em Minas Gerais.

"Quando voltei, o prédio tinha caído. Fiquei uma semana lá no acampamento, não sabia que a minha família estava me procurando", disse Paula. Ele contou que viajou para Belo Horizonte na terça-feira, 8, quando soube que o pai havia tido um AVC.

A tia do homem, Irani de Paula, registrou boletim de ocorrência de desaparecimento do sobrinho na manhã de segunda-feira, 7. Ela relatou à Polícia Civil e à reportagem que havia procurado por ele desde o acidente no acampamento do Largo do Paiçandu e que nenhum morador o tinha visto.

O camelô disse que morava há cerca de um ano na ocupação na casa de amigos. Sobre não ter sido localizado pela tia, ele afirmou que foi um mal entendido. "Nós não temos televisão lá no acampamento, cada um está cuidando da sua vida e é muita gente em um único lugar. Por isso, não me acharam", disse.

Quando registrou o desaparecimento, Irani explicou à polícia que o último contato que algum familiar teve com Paula havia ocorrido há dois meses, quando um primo o procurou para cobrar um dinheiro que havia emprestado para ele.

Arthur voltou a São Paulo nesta sexta-feira, mas disse que retornaria a Belo Horizonte para "reconstruir sua vida" ao lado de dois dos seus quatro filhos.

O delegado Osvany Barbosa, titular do 3º DP, disse que o camelô foi ouvido e retirado da lista de desaparecidos. O delegado disse que Arthur não apresentou nenhum atestado médico ou qualquer documento que comprove o estado de saúde do pai.

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