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Trabalhadores da Mercedes-Benz fazem greve contra demissões

Serão demitidos os trabalhadores considerados excedentes e que não aderiram ao Programa de Demissão Voluntária aberto em junho pela companhia

Produção da Mercedes em São Bernardo: serão demitidos os trabalhadores considerados excedentes e que não aderiram ao Programa de Demissão Voluntária aberto em junho (Claudio Gatti / EXAME)
DR

Da Redação

Publicado em 4 de agosto de 2016 às 17h01.

Os trabalhadores da Mercedes-Benz em São Bernardo do Campo decidiram hoje (4) paralisar as atividades da fábrica por um dia por causa do anúncio da demissão de 1.870 metalúrgicos a partir de setembro, feito na última terça-feira (2).

Serão demitidos os trabalhadores considerados excedentes e que não aderiram ao Programa de Demissão Voluntária (PDV) aberto em 1º de junho pela companhia.

“Procuramos a empresa logo após tomarmos conhecimento do comunicado e tentamos apresentar medidas alternativas, mas a empresa se mostrou irredutível. Sabemos que há queda na produção, mas acreditamos que existam outras formas de atravessar este período, como a renovação do PPE [Programa de Proteção ao Emprego], layoff ou outros instrumentos que preservem empregos”, disse o vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Aroaldo Oliveira.

O sindicato também cita como alternativa para as demissões a utilização de alguns elementos similares aos do acordo aprovado nesta semana na Volkswagen para evitar a demissão de 3,6 mil metalúrgicos da fábrica Anchieta da montadora alemã. O acordo com a Volks prevê, além de layoff (suspensão de contratos) por até cinco meses, PDV e congelamento de salários pelos próximos anos, apenas com reposição da inflação no período.

“A fábrica [Mercedes-Benz], no entanto, não está aceitando discutir essas alternativas, pois alega estar carregando o excedente de mão de obra há muito tempo. Não podemos aceitar essa decisão. Os trabalhadores aprovaram hoje a disposição de lutar contra essa decisão. Vamos insistir na busca de soluções e nos manter mobilizados”, disse o sindicalista.

A Mercedes-Benz foi procurada, mas até o momento ainda não se pronunciou.

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Serão demitidos os trabalhadores considerados excedentes e que não aderiram ao Programa de Demissão Voluntária (PDV) aberto em 1º de junho pela companhia.

“Procuramos a empresa logo após tomarmos conhecimento do comunicado e tentamos apresentar medidas alternativas, mas a empresa se mostrou irredutível. Sabemos que há queda na produção, mas acreditamos que existam outras formas de atravessar este período, como a renovação do PPE [Programa de Proteção ao Emprego], layoff ou outros instrumentos que preservem empregos”, disse o vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Aroaldo Oliveira.

O sindicato também cita como alternativa para as demissões a utilização de alguns elementos similares aos do acordo aprovado nesta semana na Volkswagen para evitar a demissão de 3,6 mil metalúrgicos da fábrica Anchieta da montadora alemã. O acordo com a Volks prevê, além de layoff (suspensão de contratos) por até cinco meses, PDV e congelamento de salários pelos próximos anos, apenas com reposição da inflação no período.

“A fábrica [Mercedes-Benz], no entanto, não está aceitando discutir essas alternativas, pois alega estar carregando o excedente de mão de obra há muito tempo. Não podemos aceitar essa decisão. Os trabalhadores aprovaram hoje a disposição de lutar contra essa decisão. Vamos insistir na busca de soluções e nos manter mobilizados”, disse o sindicalista.

A Mercedes-Benz foi procurada, mas até o momento ainda não se pronunciou.

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