Brasil

Toffoli vai reavaliar em 60 dias se mantém suspensão de multas de acordos de leniência

Ministro do STF ressaltou que decisão atinge apenas os acordos firmados pelo MPF

Dias Toffoli: ministro do STF  (Sergio Lima/Getty Images)

Dias Toffoli: ministro do STF (Sergio Lima/Getty Images)

Estadão Conteúdo
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 9 de fevereiro de 2024 às 14h10.

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Novonor (ex-Odebrecht) e a J&F se manifestem em até 60 dias úteis sobre a decisão que suspendeu o pagamento das multas firmadas em acordos de leniência no âmbito da Lava Jato. Passado esse prazo, o ministro vai reavaliar se mantém a suspensão do pagamento.

Toffoli também esclareceu que a decisão que suspendeu o pagamento das multas atinge apenas os acordos firmados pelo Ministério Público Federal (MPF), e não pela Advocacia-Geral da União (AGU) e Controladoria-Geral da União (CGU).

"Os vícios apontados pelas empresas requerentes e que estão vinculados ao material apreendido na Operação Spoofing não se referem à atuação da AGU e da CGU", afirmou o ministro.

O valor total das multas impostas à Novonor foi de R$8,5 bilhões - dos quais R$ 2,72 bilhões foram cobrados no acordo firmado pela CGU e AGU. No caso da J&F, o valor total é de R$ 3,5 bilhões.

Toffoli atendeu a pedido de esclarecimento formulado pela União. Na terça-feira, 6, a AGU divulgou parecer afirmando que a decisão de Toffoli em relação à Novonor faz referência apenas ao acordo celebrado com o MPF e, "no trecho em que menciona a leniência celebrada com CGU e AGU, apenas autoriza a empresa a solicitar uma "reavaliação dos termos".

Acompanhe tudo sobre:Supremo Tribunal Federal (STF)Operação Lava JatoJosé Antonio Dias Toffoli

Mais de Brasil

Lula, Bolsonaro, Tarcísio, Michelle, Ratinho, Caiado e Alckmin: Futura simula cenários para 2026

Avaliação positiva de Lula cai para 26,8%, menor patamar em 800 dias de governo, diz pesquisa Futura

STF adia retomada do julgamento da ADPF das Favelas; análise segue suspensa

Bolsonaro, Braga Netto e Augusto Heleno: veja quem virou réu no STF pela trama golpista