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Toffoli determina eleição secreta para presidente do Senado

O presidente do STF derrubou a liminar e afirmou que a "mudança repentina" poderia alterar a "harmonia" e "simetria" das atividades do Senado

Toffoli: o ministro que a votação deve continuar secreta até ser discutida no plenário do STF (Carlos Humberto/SCO/STF/VEJA/VEJA)

Toffoli: o ministro que a votação deve continuar secreta até ser discutida no plenário do STF (Carlos Humberto/SCO/STF/VEJA/VEJA)

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Reuters

Publicado em 10 de janeiro de 2019 às 09h58.

Última atualização em 10 de janeiro de 2019 às 10h32.

Brasília - O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, derrubou na noite de quarta-feira liminar do ministro da corte Marco Aurélio que determinava votação aberta na eleição para a presidência do Senado, mantendo eleição secreta para a escolha do futuro presidente da Casa.

Toffoli acatou pedido apresentado pela Mesa do Senado contra a liminar de Marco Aurélio afirmando que a votação aberta representaria uma "modificação repentina da forma como a eleição da mesa diretiva regimentalmente vem se realizando ao longo dos anos", e lembrando que ele próprio havia decido mais cedo pela realização de votação aberta para a eleição do presidente da Câmara.

"Neguei a liminar postulada, mantendo a norma regimental de eleição da Mesa Diretiva da Câmara (que igualmente prevê o escrutínio secreto), pelo que, também em face da necessária harmonia, e muitas vezes simetria, que deve reger as atividades das Casas que compõem o Congresso Nacional, mostra-se relevante a concessão da medida liminar pleiteada, até apreciação pelo plenário desta Suprema Corte", disse o ministro em sua decisão.

A liminar do ministro Marco Aurélio que determinava a votação aberta para o comando do Senado fora concedida em dezembro em atendimento a pedido apresentado à corte pelo senador Lasier Martins (PSD-RS), que tem intenção de concorrer ao posto.

As eleições para as Mesas Diretoras da Câmara e do Senado estão marcadas para o início de fevereiro.

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