Todos 513 deputados serão chamados a votar, diz Cunha
O presidente da Câmara rebateu discurso da presidente Dilma e disse que a ordem de chamada não vai influenciar o resultado
Da Redação
Publicado em 12 de abril de 2016 às 21h55.
Brasília - O presidente da Câmara dos Deputados , Eduardo Cunha (PMDB-RJ), rebateu na noite desta terça-feira, 12, discurso da presidente Dilma Rousseff, onde a petista se refere indiretamente a ele e ao vice-presidente da República, Michel Temer, como "dois chefes do golpe que agem em conjunto e de forma premeditada".
Ele disse não se sentir enquadrado porque está comprometido com o cumprimento da lei e que "seria ótimo se esse fosse o mesmo propósito dela". "Se alguma conspiração existe, ela só pode ser do povo, não será nunca da nossa parte. Estamos comprometidos única e exclusivamente com o respeito à Constituição, à lei e o regimento da Casa", rebateu.
Questionado se ficaria no cargo até 2017 caso Temer assuma a presidência da República, Cunha rechaçou a hipótese de renunciar. "Não mudei minha resposta", disse.
Cunha vai anunciar até esta quarta-feira, 13, a ordem de chamada dos parlamentares no dia da votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff. O deputado disse que está tomando cuidado para dar a interpretação correta da regra de acordo com os precedentes anteriores.
Ele negou que a ordem de chamada vá influenciar no resultado da votação. "Influenciar o quê? Todos os 513 serão chamados, todos vão exercer seu direito a voto. Você acha que alguém chegará lá influenciado por alguma coisa? () Acho isso uma bobagem", desdenhou.
A sessão de votação começa na sexta-feira pela manhã, dia em que haverá a apresentação da defesa e da acusação, além do discurso de uma hora das lideranças partidárias. Cunha ressaltou que oferecerá um advogado dativo caso o advogado-geral da União, ministro José Eduardo Cardozo, não compareça.
No sábado será a vez dos deputados inscritos falarem por três minutos cada, o que pode estender a sessão para a madrugada ou até mesmo emendar com a sessão do dia seguinte. No domingo, a votação está marcada em princípio para as 14h e Cunha prevê que o resultado saia entre 20h e 21h, uma vez que cada deputado deve levar em média por 30 segundos para dar seu voto.
Cunha defendeu a votação no domingo e disse que está apenas seguindo uma sequência regimental.
"Pior é fazer isso num dia útil porque tem vida normal, as pessoas trabalhando aqui, uma Esplanada ocupada. Não vejo nenhum problema, nós não estipulamos o dia de domingo. Sempre dissemos que ao fim de 48 horas seriam três dias para fazê-lo", declarou o parlamentar, defendendo que é possível garantir a segurança do evento.
O presidente da Câmara informou que pretende colocar um telão fora da Câmara e outro dentro para que as pessoas possam acompanhar a votação.
O peemedebista justificou que a chamada em ordem alfabética foi adotada no impeachment do ex-presidente Fernando Collor porque na época não havia previsão regimental estabelecendo um rito. O regimento hoje não fala em ordem alfabética.
Temer
Sobre o vazamento do áudio onde Michel Temer fala como se o processo de impeachment já tivesse sido aprovado pela Câmara, Cunha defendeu o vice-presidente e disse que se tratou de um vazamento acidental.
"A reação me parece que não é cabível para quem fez alguma coisa acidental. Não vejo nenhum objetivo do vice-presidente de criar qualquer tipo de constrangimento. Pelo contrário, a posição dele tem sido de muito equilíbrio", afirmou.
Brasília - O presidente da Câmara dos Deputados , Eduardo Cunha (PMDB-RJ), rebateu na noite desta terça-feira, 12, discurso da presidente Dilma Rousseff, onde a petista se refere indiretamente a ele e ao vice-presidente da República, Michel Temer, como "dois chefes do golpe que agem em conjunto e de forma premeditada".
Ele disse não se sentir enquadrado porque está comprometido com o cumprimento da lei e que "seria ótimo se esse fosse o mesmo propósito dela". "Se alguma conspiração existe, ela só pode ser do povo, não será nunca da nossa parte. Estamos comprometidos única e exclusivamente com o respeito à Constituição, à lei e o regimento da Casa", rebateu.
Questionado se ficaria no cargo até 2017 caso Temer assuma a presidência da República, Cunha rechaçou a hipótese de renunciar. "Não mudei minha resposta", disse.
Cunha vai anunciar até esta quarta-feira, 13, a ordem de chamada dos parlamentares no dia da votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff. O deputado disse que está tomando cuidado para dar a interpretação correta da regra de acordo com os precedentes anteriores.
Ele negou que a ordem de chamada vá influenciar no resultado da votação. "Influenciar o quê? Todos os 513 serão chamados, todos vão exercer seu direito a voto. Você acha que alguém chegará lá influenciado por alguma coisa? () Acho isso uma bobagem", desdenhou.
A sessão de votação começa na sexta-feira pela manhã, dia em que haverá a apresentação da defesa e da acusação, além do discurso de uma hora das lideranças partidárias. Cunha ressaltou que oferecerá um advogado dativo caso o advogado-geral da União, ministro José Eduardo Cardozo, não compareça.
No sábado será a vez dos deputados inscritos falarem por três minutos cada, o que pode estender a sessão para a madrugada ou até mesmo emendar com a sessão do dia seguinte. No domingo, a votação está marcada em princípio para as 14h e Cunha prevê que o resultado saia entre 20h e 21h, uma vez que cada deputado deve levar em média por 30 segundos para dar seu voto.
Cunha defendeu a votação no domingo e disse que está apenas seguindo uma sequência regimental.
"Pior é fazer isso num dia útil porque tem vida normal, as pessoas trabalhando aqui, uma Esplanada ocupada. Não vejo nenhum problema, nós não estipulamos o dia de domingo. Sempre dissemos que ao fim de 48 horas seriam três dias para fazê-lo", declarou o parlamentar, defendendo que é possível garantir a segurança do evento.
O presidente da Câmara informou que pretende colocar um telão fora da Câmara e outro dentro para que as pessoas possam acompanhar a votação.
O peemedebista justificou que a chamada em ordem alfabética foi adotada no impeachment do ex-presidente Fernando Collor porque na época não havia previsão regimental estabelecendo um rito. O regimento hoje não fala em ordem alfabética.
Temer
Sobre o vazamento do áudio onde Michel Temer fala como se o processo de impeachment já tivesse sido aprovado pela Câmara, Cunha defendeu o vice-presidente e disse que se tratou de um vazamento acidental.
"A reação me parece que não é cabível para quem fez alguma coisa acidental. Não vejo nenhum objetivo do vice-presidente de criar qualquer tipo de constrangimento. Pelo contrário, a posição dele tem sido de muito equilíbrio", afirmou.