Todas as decisões na Petrobras são coletivas, diz Gabrielli
Gabrielli disse que o ex-diretor Paulo Roberto Costa e o gerente Pedro Barusco admitiram que as comissões de licitação funcionavam corretamente
Da Redação
Publicado em 12 de março de 2015 às 16h31.
Brasília - O ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli disse nesta quinta-feira, 12, em depoimento à CPI que investiga irregularidades da estatal na Câmara dos Deputados, que o ex-diretor Paulo Roberto Costa e o gerente Pedro Barusco, delatores da Lava Jato , admitiram que as comissões de licitação funcionavam corretamente.
Gabrielli detalhou os procedimentos de concorrência e alegou que havia práticas usuais para evitar sobrepreços em contratos. Ele repetiu que sua gestão ampliou o poder de auditoria, mas que ainda assim era difícil detectar irregularidades em relações diretas com fornecedores. "Eles fizeram negociações ilícitas na relação direta com o fornecedor. Não era possível que se captasse essa situação. Estamos na terceira CPI do Congresso Nacional, o que significa que na vida cotidiana é quase impossível perceber isso", argumentou.
O ex-presidente da estatal argumentou que auditorias estão em constante aperfeiçoamento, mas que não têm poder de polícia. Se a auditoria encontra irregularidades, encaminha a órgãos competentes, explicou. Segundo Gabrielli, o potencial para corrupção está relacionado à quantidade de transações que envolvem a estatal.
Antes, Gabrielli fez uma explanação sobre o Conselho de Administração da Petrobras e repetiu que na estatal não há decisões individuais, que todas as decisões são coletivas.
Marco regulatório
Gabrielli disse que o Congresso foi sábio em aprovar a mudança do marco regulatório do pré-sal e que o modelo está sob ameaça atualmente. No depoimento à CPI da Petrobras, Gabrielli disse que não se pode confundir o comportamento criminoso de alguns com o da estatal, que funciona.
Em sua explanação, o ex-presidente da estatal disse que média de sucesso na indústria de petróleo é de 20% e no pré-sal foi de 90%. "É fácil encontrar petróleo do pré-sal, difícil é produzir. Por isso ele é viável economicamente", explicou. Segundo ele, com o crescimento da empresa a indústria naval saiu da estagnação com 2 mil empregados para 70 mil.
Ele ressaltou que a indústria de petróleo não é importante somente na geração de emprego e renda, mas para o financiamento nos governos federal e estaduais. "Não é uma coisa trivial que estamos falando", declarou.
Brasília - O ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli disse nesta quinta-feira, 12, em depoimento à CPI que investiga irregularidades da estatal na Câmara dos Deputados, que o ex-diretor Paulo Roberto Costa e o gerente Pedro Barusco, delatores da Lava Jato , admitiram que as comissões de licitação funcionavam corretamente.
Gabrielli detalhou os procedimentos de concorrência e alegou que havia práticas usuais para evitar sobrepreços em contratos. Ele repetiu que sua gestão ampliou o poder de auditoria, mas que ainda assim era difícil detectar irregularidades em relações diretas com fornecedores. "Eles fizeram negociações ilícitas na relação direta com o fornecedor. Não era possível que se captasse essa situação. Estamos na terceira CPI do Congresso Nacional, o que significa que na vida cotidiana é quase impossível perceber isso", argumentou.
O ex-presidente da estatal argumentou que auditorias estão em constante aperfeiçoamento, mas que não têm poder de polícia. Se a auditoria encontra irregularidades, encaminha a órgãos competentes, explicou. Segundo Gabrielli, o potencial para corrupção está relacionado à quantidade de transações que envolvem a estatal.
Antes, Gabrielli fez uma explanação sobre o Conselho de Administração da Petrobras e repetiu que na estatal não há decisões individuais, que todas as decisões são coletivas.
Marco regulatório
Gabrielli disse que o Congresso foi sábio em aprovar a mudança do marco regulatório do pré-sal e que o modelo está sob ameaça atualmente. No depoimento à CPI da Petrobras, Gabrielli disse que não se pode confundir o comportamento criminoso de alguns com o da estatal, que funciona.
Em sua explanação, o ex-presidente da estatal disse que média de sucesso na indústria de petróleo é de 20% e no pré-sal foi de 90%. "É fácil encontrar petróleo do pré-sal, difícil é produzir. Por isso ele é viável economicamente", explicou. Segundo ele, com o crescimento da empresa a indústria naval saiu da estagnação com 2 mil empregados para 70 mil.
Ele ressaltou que a indústria de petróleo não é importante somente na geração de emprego e renda, mas para o financiamento nos governos federal e estaduais. "Não é uma coisa trivial que estamos falando", declarou.