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TJ investiga erro que soltou PMs acusados de execução

Por causa do equívoco da Justiça paulista, os PMs ficaram soltos entre os dias 14 e 17 de dezembro


	Em 11 de novembro, cinco PMs foram presos depois de serem gravados atirando no servente durante uma ocorrência na Rua Reverendo Peixoto da Silva, no Campo Limpo
 (Warren Little/Getty Images)

Em 11 de novembro, cinco PMs foram presos depois de serem gravados atirando no servente durante uma ocorrência na Rua Reverendo Peixoto da Silva, no Campo Limpo (Warren Little/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 9 de janeiro de 2013 às 11h27.

São Paulo - O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) investiga um erro interno que colocou em liberdade os cinco policiais militares suspeitos de assassinar, em novembro, o servente Paulo Batista do Nascimento, de 25 anos. Por causa do equívoco da Justiça paulista, os PMs ficaram soltos entre os dias 14 e 17 de dezembro.

Menos de dois meses depois, na mesma rua onde as filmagens foram feitas, sete pessoas foram assassinadas e duas ficaram feridas por disparos dados por 14 homens no começo deste ano. Uma das linhas de investigação da Polícia Civil tenta apurar ligação entre as gravações e o homicídio múltiplo.

Em 11 de novembro, os cinco foram presos depois de serem gravados atirando no servente durante uma ocorrência na Rua Reverendo Peixoto da Silva, no Campo Limpo, na zona sul. As imagens foram exibidas pelo Fantástico, da Rede Globo.

O erro que levou à Justiça a conceder liberdade aos policiais ocorreu ainda no ano passado. Eles estavam presos por causa da decretação de uma prisão temporária. A medida expirava no dia 13 de dezembro. Caso não houvesse nova decisão da Justiça, eles seriam liberados.

Ocorre que no dia 27 de novembro, a juíza da 1.ª Vara do Júri, Carla Pinto Ferrari, decretou a prisão preventiva de todos os acusados. O cartório, contudo, não enviou a ordem ao Presídio Romão Gomes, da corporação, onde os policiais estavam presos. À meia-noite do dia 13, eles foram colocados na rua.

A decisão da juíza chegou ao presídio somente no dia seguinte. Foi quando a juíza do caso emitiu uma portaria pedindo que o erro fosse apurado. "A investigação ainda segue e, por isso, não podemos dar uma resposta precisa sobre o que ocorreu", afirma a juíza.

O secretário de Segurança Pública, Fernando Grella, disse que não sabia do erro. "É uma informação importante, já que há indicações de que existe relação entre os casos (morte do servente e chacina)." 

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