ATATURK: atentado no maior aeroporto da Turquia deixou ao menos 41 mortos e 140 feridos / Osman Orsal/Reuters
Da Redação
Publicado em 29 de junho de 2016 às 07h13.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h09.
Terror na Turquia
Pelo menos 36 pessoas morreram e mais de 140 ficaram feridas em um atentado com uma série de explosões no aeroporto de Ataturk, o maior da Turquia. É o pior atentado em Istambul desde 2003. O governo turco informou que três homens bomba participaram do ataque e informou ainda que as maiores suspeitas recaem sobre o Estado Islâmico. O aeroporto é o terceiro mais movimentado da Europa, com 60 milhões de passageiros por ano.
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Clima tenso em Bruxelas
A reunião extraordinária do Parlamento Europeu, convocada após os britânicos terem votado por deixar a União Europeia, foi conturbada nesta terça-feira em Bruxelas. “Nós não podemos nos permitir permanecer em um longo período de incerteza”, afirmou o presidente da Comissão da União Europeia, Jean-Paul Juncker. Ele disse que os comissários de políticas externas estão proibidos de manter conversas secretas com Londres até que seja acionado o Artigo 50, que dá início à saída da UE. O líder do Partido da Independência do Reino Unido, Nigel Farage, foi vaiado após propor um acordo de comércio livre comércio. Em resposta, Juncker interrogou Farage: “vocês votaram para sair, por que você ainda está aqui?”.
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Cameron, convidado indesejado
O primeiro ministro britânico, David Cameron, recebeu geladas “boas-vindas” em seu último encontro com líderes europeus na reunião em Bruxelas. Apesar de ter dito que o Reino Unido não vai virar as costas para os aliados europeus após o Brexit, Cameron foi persona non-grata no encontro. Ele afirmou que espera que os colegas da União Europeia ajam da maneira “mais construtiva possível” com seu sucessor, que deve assumir até outubro. Para o premiê britânico, a culpa do Brexit é da incapacidade da União Europeia de lidar com a crise de imigrantes.
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Boca livre fechada
A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira a operação Boca Livre, que investiga desvio de 180 milhões de reais em verbas federais de projetos aprovados pelo Ministérios da Cultura por meio da Lei Rouanet. Segundo a PF, o Grupo Bellini Cultural é o pivô do esquema. Além dele, são investigados o escritório de advocacia Demarest e empresas como Scania, KPMG, Roldão e Intermédica. O inquérito revela que as fraudes aconteceram de diversas maneiras, como não execução de projetos, superfaturamento, notas fiscais frias, além “da promoção de contrapartidas ilícitas às incentivadoras”. A PF descobriu que Antonio Carlos Bellini usou dinheiro público para pagar até o casamento de um familiar na praia de Jurerê Internacional, em Florianópolis.
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A propina da Hypermarcas
O ex-diretor do Grupo Hypermarcas, Nelson Mello, disse em depoimento à Procuradoria-Geral da República que pagou 30 milhões de reais aos lobistas Lúcio Funaro e Milton Lyra, que têm trânsito no Congresso. Eles são ligados especialmente à cúpula do PMDB, como Renan Calheiros, Romero Jucá, Eduardo Braga e Eduardo Cunha. Com as informações, a PGR pedirá ao Supremo para que as informações sobre políticos que tenham foro privilegiado. Os lobistas, segundo Mello, agiam em nome de políticos e poderiam auxiliar em iniciativas de interessa da empresa e do setor no Congresso. Mello deixou a Hypemarcas depois de dar o depoimento, em fevereiro.
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A propina de Delfim
O executivo da empreiteira Andrade Gutierrez, Flávio Barra, disse aos procuradores da PGR que os repasses feitos pela construtora no projeto da Usina de Belo Monte para o ex-ministro da Fazenda Delfim Netto foram por contratos fictícios. O ex-presidente da empresa, Otavio Azevedo, já havia dito que Delfim havia recebido 15 milhões de reais a pedido do ex-ministro da Fazenda, Antonio Palocci. A quantia seria pela participação do ex-ministro da Fazenda e principal conselheiro econômico do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na formação do consórcio vencedor do leilão de Belo Monte, em 2010.
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Dirceu perdoado… no Mensalão
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu que o Supremo encerre a pena do ex-ministro José Dirceu no mensalão — ele foi condenado a 7 anos e 11 meses. Apesar disso, Dirceu seguirá preso em decorrência das investigações da Lava-Jato. Ele foi condenado, no mês passado, a 23 anos de prisão na Lava-Jato.
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Dólar a 3,31
O dólar caiu 2,61% nesta terça-feira, fechando o dia a 3,31 reais pela primeira vez em quase um ano. A moeda subiu impulsionada pela alta nas principais bolsas ao redor do mundo e também pelo discurso adotado pelo Banco Central (BC). Em sua primeira entrevista após assumir a presidência do BC, Ilan Goldfajn reafirmou que o câmbio é flutuante e que a autoridade poderá utilizar todas as ferramentas cambiais com parcimônia.
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Goldfajn e a inflação
Em sua entrevista, o presidente do Banco Central também disse que o governo está criando condições para a redução da taxa de juros e que o Banco Central afirmou que não vê espaço para uma queda na taxa Selic no momento. A fala fez crescer as expectativas de que o corte de juros venha apenas em outubro e que o ritmo de queda mais lento do que o previsto. Sobre a inflação, o BC subiu para 6,9% a previsão para o fim deste ano, acima da projeção anterior de 6,6%. Para o fim de 2017, o banco prevê uma inflação de 4,7%.
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Confiança da indústria
O Índice de Confiança da Indústria subiu 4,2 pontos em junho para 83,4 pontos. Segundo a FGV o movimento indica uma melhora das expectativas dos empresários, que vem ocorrendo desde abril. O Índice de Expectativas teve alta de 7,5 pontos e ficou com 85,7 pontos.
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Recorde de déficit
O governo central (Tesouro, Banco Central e Previdência) teve um déficit primário de 15,49 bilhões de reais em maio – o pior resultado para o mês na série iniciada em 1997. Apesar disso, o rombo veio menor do que o esperado – a projeção de analistas consultados pela agência de notícias Reuters era de 17 bilhões de reais. A arrecadação com impostos voltou a cair, a receita do Tesouro caiu quase 10% na comparação anual. As receitas também foram afetadas com uma queda real de 74% com dividendos e participações no mês passado. Enquanto isso, as despesas totais tiveram uma queda de 1,8%, já descontada a inflação.