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Teori diz que denúncia não influencia afastamento de Cunha

O ministro destacou também que ainda não há uma data para a deliberação sobre o tema

Teori Zavascki: Supremo decidiu hoje, por unanimidade, abrir uma ação penal contra Cunha (José Cruz/ Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 3 de março de 2016 às 20h47.

Brasília  - Relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal ( STF ), o ministro Teori Zavascki afirmou, nesta quinta-feira, 3, que o fato de o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ter virado réu no âmbito da operação Lava Jato não influencia na decisão que deve ser tomada pela Corte de afastar ou não o peemedebista do cargo.

Para ele, os dois processos são "independentes". O ministro destacou também que ainda não há uma data para a deliberação sobre o tema.

O pleno do Supremo decidiu hoje, por unanimidade, abrir uma ação penal contra Cunha diante dos indícios de que o parlamentar teria recebido US$ 5 milhões em propina referentes a contratos de navios-sonda da Petrobras.

O peemedebista, que responderá pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, já deu sinais de que não pretende deixar o cargo.

Para o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o peemedebista usa a influência que tem como presidente da Câmara para atrapalhar as investigações.

O afastamento de Cunha da presidência da Câmara é um tema sensível para os ministros da Corte, que preferiam que o assunto fosse resolvido pelos próprios deputados, não pelo Supremo.

Na quarta-feira, porém, enquanto proferia o seu voto, Teori fez um comentário que não passou despercebido por quem acompanhou a sessão.

Em um certo momento, ele afirmou que deixou de seguir o princípio da harmonia entre os poderes e optou por pedir dados da investigação a uma diretoria da Câmara e não ao presidente da Casa, porque Cunha era alvo de investigação.

"A que ponto chegamos", exclamou o ministro Marco Aurélio Mello quando ouviu o relato.

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Para ele, os dois processos são "independentes". O ministro destacou também que ainda não há uma data para a deliberação sobre o tema.

O pleno do Supremo decidiu hoje, por unanimidade, abrir uma ação penal contra Cunha diante dos indícios de que o parlamentar teria recebido US$ 5 milhões em propina referentes a contratos de navios-sonda da Petrobras.

O peemedebista, que responderá pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, já deu sinais de que não pretende deixar o cargo.

Para o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o peemedebista usa a influência que tem como presidente da Câmara para atrapalhar as investigações.

O afastamento de Cunha da presidência da Câmara é um tema sensível para os ministros da Corte, que preferiam que o assunto fosse resolvido pelos próprios deputados, não pelo Supremo.

Na quarta-feira, porém, enquanto proferia o seu voto, Teori fez um comentário que não passou despercebido por quem acompanhou a sessão.

Em um certo momento, ele afirmou que deixou de seguir o princípio da harmonia entre os poderes e optou por pedir dados da investigação a uma diretoria da Câmara e não ao presidente da Casa, porque Cunha era alvo de investigação.

"A que ponto chegamos", exclamou o ministro Marco Aurélio Mello quando ouviu o relato.

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