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Tentativa de isolar Cunha pode piorar relação, diz Lima

Para o vice-líder do PMDB, ao convidar o presidente da Câmara e não o líder da bancada, a presidente demonstra "desdém" pelos deputados do partido

Deputado Eduardo Cunha, do PMDB: segundo peemedebistas ouvidos pela reportagem, Dilma reiterou que não ampliará o espaço do PMDB na reforma ministerial (Renato Araújo/ABr)
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Da Redação

Publicado em 10 de março de 2014 às 18h50.

Brasília - O vice-líder do PMDB na Câmara dos Deputados, Lúcio Vieira Lima (BA), acredita que a tentativa do Palácio do Planalto em isolar o líder da bancada, Eduardo Cunha (RJ), pode contribuir para "piorar" ainda mais a relação entre o governo e os deputados.

"O ambiente ficou mais carregado", definiu o parlamentar. Para o deputado, ao convidar o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), para uma conversa e não estender o convite ao líder da bancada, a presidente Dilma Rousseff demonstra "desdém" pelos deputados do partido.

"Ela não está preocupada com os parlamentares, está preocupada com a cúpula (do PMDB) e com a (antecipação da) convenção", disse Vieira Lima. Mais cedo, a presidente se reuniu com seu vice, Michel Temer, o presidente nacional do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), o líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), além do presidente da Câmara. "A bancada está muito estressada, muito chateada. Nós não sentimos representados por Michel, Renan e Raupp", reclamou.

Segundo peemedebistas ouvidos pela reportagem, Dilma reiterou que não ampliará o espaço do PMDB na reforma ministerial e cobrou de Temer maior "controle" sobre a bancada na Câmara.

"Na ótica dela, ela não tem que entregar ministério e o Michel tem que entregar o partido", disse um peemedebista. Os peemedebistas já foram informados de que Dilma disse na reunião da manhã de hoje que não cederá a pressões. A presidente teria ouvido da cúpula do partido a garantia de que não haverá surpresas na convenção da sigla.

Para os deputados do PMDB, receber ministérios "não resolve" o problema a essas alturas. "Não vamos indicar ninguém", reforçou Cunha na tarde de hoje. O líder do PMDB na Câmara avaliou que a combinação entre o impasse na formação dos palanques estaduais e a crise deflagrada com a bancada do PMDB "são explosivas" em ano eleitoral.

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Brasília - O vice-líder do PMDB na Câmara dos Deputados, Lúcio Vieira Lima (BA), acredita que a tentativa do Palácio do Planalto em isolar o líder da bancada, Eduardo Cunha (RJ), pode contribuir para "piorar" ainda mais a relação entre o governo e os deputados.

"O ambiente ficou mais carregado", definiu o parlamentar. Para o deputado, ao convidar o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), para uma conversa e não estender o convite ao líder da bancada, a presidente Dilma Rousseff demonstra "desdém" pelos deputados do partido.

"Ela não está preocupada com os parlamentares, está preocupada com a cúpula (do PMDB) e com a (antecipação da) convenção", disse Vieira Lima. Mais cedo, a presidente se reuniu com seu vice, Michel Temer, o presidente nacional do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), o líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), além do presidente da Câmara. "A bancada está muito estressada, muito chateada. Nós não sentimos representados por Michel, Renan e Raupp", reclamou.

Segundo peemedebistas ouvidos pela reportagem, Dilma reiterou que não ampliará o espaço do PMDB na reforma ministerial e cobrou de Temer maior "controle" sobre a bancada na Câmara.

"Na ótica dela, ela não tem que entregar ministério e o Michel tem que entregar o partido", disse um peemedebista. Os peemedebistas já foram informados de que Dilma disse na reunião da manhã de hoje que não cederá a pressões. A presidente teria ouvido da cúpula do partido a garantia de que não haverá surpresas na convenção da sigla.

Para os deputados do PMDB, receber ministérios "não resolve" o problema a essas alturas. "Não vamos indicar ninguém", reforçou Cunha na tarde de hoje. O líder do PMDB na Câmara avaliou que a combinação entre o impasse na formação dos palanques estaduais e a crise deflagrada com a bancada do PMDB "são explosivas" em ano eleitoral.

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