Tenho horror a CPI, disse Sergio Guerra ao pedir R$ 10 mi
Em vídeo, os políticos discutiram "a necessidade de concluir as investigações da CPI da Petrobras de 2009 preferencialmente com um relatório 'genérico'"
Da Redação
Publicado em 23 de junho de 2016 às 10h41.
São Paulo - Um vídeo entregue ao Ministério Público Federal, parte da denúncia contra o deputado Eduardo da Fonte (PP-PE), mostra, em 2009, o então presidente do PSDB Sérgio Guerra em uma reunião com o diretor de Abastecimento da Petrobras naquele ano, Paulo Roberto Costa, o próprio Dudu da Fonte, o lobista Fernando Falcão Soares, o Fernando Baiano, um executivo da Queiroz Galvão, Ildefonso Colares Filho, e um empreiteiro da Galvão Engenharia, Erton Medeiros.
No encontro, segundo a Procuradoria-Geral da República, os seis discutiram "a necessidade de concluir as investigações da CPI da Petrobras de 2009 preferencialmente com um relatório 'genérico' sem a responsabilização das pessoas".
Sérgio Guerra morreu em 2010. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciou ao Supremo Tribunal Federal nesta quarta-feira, 22, Eduardo da Fonte, por corrupção passiva, por intermediar a solicitação de R$ 10 milhões a Paulo Roberto Costa para que o então senador Sérgio Guerra agisse para barrar a CPI.
Segundo a denúncia, a propina saiu de empresas participantes de esquema instalado na Diretoria de Abastecimento da Petrobras.
Na denúncia, Janot afirma que Guerra era membro da CPI no Senado e atuou para que os demais parlamentares do PSDB, partido presidido por ele na época e então de oposição ao Governo, não aprofundassem as investigações.
De acordo com o procurador, Eduardo da Fonte "tinha conhecimento do esquema criminoso instalado na Petrobras e interesse na sua manutenção, por isso participou de toda a negociação para a solicitação e o acerto da propina".
O deputado era do PP, partido responsável pela indicação e manutenção de Paulo Roberto Costa no cargo de diretor e beneficiário de contratos firmados por essa Diretoria.
"Como de praxe em situações dessa natureza, a conversa se deu, em muitas passagens, em termos velados, isto é, não se dizia diretamente palavras como 'propina' nem 'vantagem indevida'.
Todavia, a simples realização da reunião (...) não deixa dúvidas da ilicitude do que ali se tratava", aponta a denúncia.
Na conversa com seus interlocutores, Guerra disse que não concordava com a Comissão Parlamentar de Inquérito. "Eu tenho horror a CPI (...). Fazer papel de Polícia, parlamentar fazendo papel de Polícia", afirmou.
São Paulo - Um vídeo entregue ao Ministério Público Federal, parte da denúncia contra o deputado Eduardo da Fonte (PP-PE), mostra, em 2009, o então presidente do PSDB Sérgio Guerra em uma reunião com o diretor de Abastecimento da Petrobras naquele ano, Paulo Roberto Costa, o próprio Dudu da Fonte, o lobista Fernando Falcão Soares, o Fernando Baiano, um executivo da Queiroz Galvão, Ildefonso Colares Filho, e um empreiteiro da Galvão Engenharia, Erton Medeiros.
No encontro, segundo a Procuradoria-Geral da República, os seis discutiram "a necessidade de concluir as investigações da CPI da Petrobras de 2009 preferencialmente com um relatório 'genérico' sem a responsabilização das pessoas".
Sérgio Guerra morreu em 2010. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciou ao Supremo Tribunal Federal nesta quarta-feira, 22, Eduardo da Fonte, por corrupção passiva, por intermediar a solicitação de R$ 10 milhões a Paulo Roberto Costa para que o então senador Sérgio Guerra agisse para barrar a CPI.
Segundo a denúncia, a propina saiu de empresas participantes de esquema instalado na Diretoria de Abastecimento da Petrobras.
Na denúncia, Janot afirma que Guerra era membro da CPI no Senado e atuou para que os demais parlamentares do PSDB, partido presidido por ele na época e então de oposição ao Governo, não aprofundassem as investigações.
De acordo com o procurador, Eduardo da Fonte "tinha conhecimento do esquema criminoso instalado na Petrobras e interesse na sua manutenção, por isso participou de toda a negociação para a solicitação e o acerto da propina".
O deputado era do PP, partido responsável pela indicação e manutenção de Paulo Roberto Costa no cargo de diretor e beneficiário de contratos firmados por essa Diretoria.
"Como de praxe em situações dessa natureza, a conversa se deu, em muitas passagens, em termos velados, isto é, não se dizia diretamente palavras como 'propina' nem 'vantagem indevida'.
Todavia, a simples realização da reunião (...) não deixa dúvidas da ilicitude do que ali se tratava", aponta a denúncia.
Na conversa com seus interlocutores, Guerra disse que não concordava com a Comissão Parlamentar de Inquérito. "Eu tenho horror a CPI (...). Fazer papel de Polícia, parlamentar fazendo papel de Polícia", afirmou.