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Tenho certeza que Dilma termina mandato muito bem, diz Lula

Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ter certeza que Dilma Rousseff vai recuperar a popularidade e vai terminar o mandato em 2018 "muito bem"

Dilma Rousseff (PT) e o ex-presidente Lula: "tenho certeza que ela vai terminar o mandato dela muito bem, tenho convicção" (Ueslei Marcelino/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 18 de novembro de 2015 às 21h10.

São Paulo - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, em entrevista ao programa Conexão Roberto D’Avila, da GloboNews, exibida na noite desta quarta-feira, 18, ter certeza que sua afilhada política Dilma Rousseff vai recuperar a popularidade e vai terminar o mandato em 2018 "muito bem".

"Tenho certeza que ela vai terminar o mandato dela muito bem, tenho convicção. Qualquer coisa que não permita ela chegar ao fim do mandato seria pisotear a Constituição brasileira", afirmou Lula, novamente exaltando o caráter da presidente e refutando teorias de impeachment. "Não existe nenhum amparo legal", afirmou.

O ex-presidente argumentou que a sociedade brasileira está hoje "desesperançada" por causa da campanha de setores da mídia contra o governo e repetiu seu apelo para que a sociedade não negue a política.

Lula disse ainda que as pessoas vão se arrepender de rejeitar o governo Dilma. "Tenho certeza que todos aqueles que estão rejeitando a Dilma, daqui a pouco, vão estar dizendo 'me arrependi'".

O petista fez uma analogia que a rejeição a sua sucessora seria semelhante a um pai querer jogar o filho fora por ele estar com febre. "O Brasil está passando por uma dificuldade, mas essa dificuldade não é da Dilma, é do País", defendeu.

Roda-gigante da economia

Lula reforçou que Dilma, neste momento, tem que se preocupar apenas em "cuidar do povo brasileiro" e recuperar o crescimento da economia, mantendo a distribuição de renda.

Ele voltou a usar a metáfora da roda gigante da economia do País que tem que voltar a girar, para recomendar o estímulo ao crédito, ao investimento. Para Lula, o Estado não tem condições de investir neste instante e é preciso recorrer a bancos públicos e privados.

O ex-presidente criticou a demora do ajuste fiscal, como vem fazendo nos últimos meses, mas destacou que o ajuste em si é importante e que o atraso não é culpa de Dilma, mas do enfrentamento com o Congresso.

"Dilma está correta em fazer o ajuste fiscal. O que está errado é que está demorando demais, o que também não é culpa dela, mas do confrontamento do Executivo com o Legislativo."

Lula avaliou que, mesmo com repactuação no Congresso e com a reforma ministerial, o cenário ainda é de dificuldade do governo no Congresso e com um presidente da Câmara - Eduardo Cunha (PMDB-RJ), opositor a Dilma - fortalecido.

Ele ponderou que, antigamente, o presidente resolvia essa dificuldade no Legislativo falando com ministros e com lideranças e que hoje não funciona mais assim.

Crise e erros

Lula repetiu seu diagnóstico de que o Brasil está passando por uma crise, em grande parte reflexo da crise econômica internacional. Ele voltou a admitir que o governo da sua sucessora, contudo, cometeu erros.

O argumento de Lula é que a presidente manteve subsídios para sustentar o nível de emprego e que só depois se deu conta do problema fiscal. "Nós cometemos erros", assumiu.

"A Dilma começou a perceber que estava saindo mais água que entrando e por isso precisou propor o ajuste, daí a contradição do discurso da campanha e ela sabe o prejuízo político que teve com isso, mas teve coragem de manter (a política de ajuste)", justificou. E reforçou: "Responsabilidade fiscal não é mérito, é obrigação".

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"Tenho certeza que ela vai terminar o mandato dela muito bem, tenho convicção. Qualquer coisa que não permita ela chegar ao fim do mandato seria pisotear a Constituição brasileira", afirmou Lula, novamente exaltando o caráter da presidente e refutando teorias de impeachment. "Não existe nenhum amparo legal", afirmou.

O ex-presidente argumentou que a sociedade brasileira está hoje "desesperançada" por causa da campanha de setores da mídia contra o governo e repetiu seu apelo para que a sociedade não negue a política.

Lula disse ainda que as pessoas vão se arrepender de rejeitar o governo Dilma. "Tenho certeza que todos aqueles que estão rejeitando a Dilma, daqui a pouco, vão estar dizendo 'me arrependi'".

O petista fez uma analogia que a rejeição a sua sucessora seria semelhante a um pai querer jogar o filho fora por ele estar com febre. "O Brasil está passando por uma dificuldade, mas essa dificuldade não é da Dilma, é do País", defendeu.

Roda-gigante da economia

Lula reforçou que Dilma, neste momento, tem que se preocupar apenas em "cuidar do povo brasileiro" e recuperar o crescimento da economia, mantendo a distribuição de renda.

Ele voltou a usar a metáfora da roda gigante da economia do País que tem que voltar a girar, para recomendar o estímulo ao crédito, ao investimento. Para Lula, o Estado não tem condições de investir neste instante e é preciso recorrer a bancos públicos e privados.

O ex-presidente criticou a demora do ajuste fiscal, como vem fazendo nos últimos meses, mas destacou que o ajuste em si é importante e que o atraso não é culpa de Dilma, mas do enfrentamento com o Congresso.

"Dilma está correta em fazer o ajuste fiscal. O que está errado é que está demorando demais, o que também não é culpa dela, mas do confrontamento do Executivo com o Legislativo."

Lula avaliou que, mesmo com repactuação no Congresso e com a reforma ministerial, o cenário ainda é de dificuldade do governo no Congresso e com um presidente da Câmara - Eduardo Cunha (PMDB-RJ), opositor a Dilma - fortalecido.

Ele ponderou que, antigamente, o presidente resolvia essa dificuldade no Legislativo falando com ministros e com lideranças e que hoje não funciona mais assim.

Crise e erros

Lula repetiu seu diagnóstico de que o Brasil está passando por uma crise, em grande parte reflexo da crise econômica internacional. Ele voltou a admitir que o governo da sua sucessora, contudo, cometeu erros.

O argumento de Lula é que a presidente manteve subsídios para sustentar o nível de emprego e que só depois se deu conta do problema fiscal. "Nós cometemos erros", assumiu.

"A Dilma começou a perceber que estava saindo mais água que entrando e por isso precisou propor o ajuste, daí a contradição do discurso da campanha e ela sabe o prejuízo político que teve com isso, mas teve coragem de manter (a política de ajuste)", justificou. E reforçou: "Responsabilidade fiscal não é mérito, é obrigação".

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