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Sobe para dez o número de mortos em temporal no Rio de Janeiro

Chuva alagou ruas, derrubou árvores e levou município a declarar estado de crise na noite de segunda (8)

Bombeiros tentam o resgate de vítimas após fortes chuvas no Rio de Janeiro (Ricardo Moraes/Reuters)

Bombeiros tentam o resgate de vítimas após fortes chuvas no Rio de Janeiro (Ricardo Moraes/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 9 de abril de 2019 às 07h18.

Última atualização em 9 de abril de 2019 às 18h25.

Pelo menos dez pessoas morreram por causa da chuva que atinge, desde a noite de ontem (8), a cidade do Rio de Janeiro. Equipes dos Bombeiros e da Defesa Civil do estado seguem trabalhando para tentar resgatar as vítimas.

Destas vítimas fatais, duas morreram em um deslizamento no Morro da Babilônia, no Leme, zona sul da cidade. As vizinhas e irmãs Doralice e Gerlaine do Nascimento, de 55 e 53 anos, respectivamente. Um homem não identificado foi encontrado no Jardim Maravilha e outro também não identificado, no Leme.

O corpo de Guilherme N. Fontes, de 30 anos, foi achado debaixo de um carro, na Gávea, zona sul. Ele teria caído de uma moto e sido arrastado pela água na Marques de São Vicente, uma das principais ruas do bairro. A sexta vítima trata-se de Leandro Ramos Pereira, de 40 anos, que levou um choque enquanto limpava o ralo de sua casa.

O Corpo de Bombeiros localizou ainda três corpos dentro de um carro e sob uma pedra que deslizou na avenida Carlos Peixoto, uma ladeira que passa por trás do shopping Rio Sul. As vítimas foram o taxista Marcelo Tavares, a Lucia Xavier Sarmento Neves, de 63 anos, e sua neta de 6 anos, Júlia Neves Aché.

Já o corpo de Reginaldo Exidro da Silva foi encontrado no bairro de Santa Cruz, totalizando dez vítimas das fortes chuvas na cidade.

De acordo com dados do Alerta Rio, o sistema de monitoramento meteorológico da prefeitura do Rio, o volume de chuva acumulado em apenas quatro horas na noite dessa segunda foi até 70% maior do que o esperado para todo o mês de abril em alguns pontos dessas regiões.

Na zona oeste, a estação medidora da Barrinha registrou 212 milímetros de chuva entre as 18h e as 22h. No mesmo período, na zona sul, choveu 168 milímetros em Copacabana, 164 na Rocinha e 149 no Jardim Botânico.

As sirenes de alerta para risco de deslizamento de terra foram acionadas em 21 das 103 comunidades monitoradas pela Defesa Civil Municipal.

Mas, segundo moradores, o alarme não chegou a ser acionado no Morro da Babilônia porque estava faltando energia na comunidade no momento do temporal.

A chuva também provocou o desabamento de mais um trecho da Ciclovia Tim Maia, na Avenida Niemeyer. Desta vez, a parte que caiu fica próxima do bairro de São Conrado.

O desabamento ocorreu por volta das 22h, quando a via já estava fechada. Foi o quarto incidente desse tipo desde a inauguração da ciclovia, em janeiro de 2016. Um deles foi causado por ondas, durante uma ressaca, e três por temporais.

Ajuda

Pessoas interessadas em ajudar famílias afetadas pela chuva podem fazer doações em dois pontos organizados pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos (SEDSDH).

Nesta terça-feira (9), as entregas podem ser feitas na Fundação para a Infância e Adolescência (FIA), na Rua Voluntários da Pátria 120, em Botafogo. A partir de amanhã (10), será possível doar também na sede do Rio Solidário, na Travessa Euricles de Matos 17, em Laranjeiras.

As doações mais necessárias, segundo a secretaria, são cestas básicas, colchões e colchonetes, água potável, roupas, fraldas, absorventes, papel higiênico e produtos de limpeza.

A secretaria também disponibilizou um endereço de e-mail para contato, o doacoes.sedsdh@gmail.com. Segundo o órgão, o canal pode ser usada para obter mais informações ou pedir para que as doações sejam buscadas.

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