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ÀS SETE - A obstrução urinária, problema da saúde que levou Temer, aos 77 anos, a ser internado na quarta-feira, foi causada por um coágulo na bexiga

MICHEL TEMER: presidente tem coágulo na bexiga e passará por bateria de exames no fim de semana  / Ueslei Marcelino/ Reuters

MICHEL TEMER: presidente tem coágulo na bexiga e passará por bateria de exames no fim de semana / Ueslei Marcelino/ Reuters

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Da Redação

Publicado em 27 de outubro de 2017 às 06h56.

Última atualização em 27 de outubro de 2017 às 07h09.

Temer tem coágulo na bexiga

A obstrução urinária, problema da saúde que levou o presidente Michel Temer, aos 77 anos, a ser internado na quarta-feira, foi causada por um coágulo na bexiga. A origem da formação do trombo no órgão ainda será investigada a fundo, mas a hipótese mais considerada pelos médicos é a de que esteja relacionada à cirurgia de extração da próstata, à qual o presidente foi submetido há seis anos.

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A retirada da glândula pode tornar os vasos dos órgãos ao redor suscetíveis ao desenvolvimento de coágulos, especialmente em homens com mais de 70 anos. O presidente permanece com uma sonda na uretra e vai passar por uma bateria detalhada de exames no fim de semana.

Rombo chega a R$ 108 bi

Os números revelados nesta quinta-feira mostram que o governo federal teve um déficit primário de 22,7 bilhões de reais em setembro. No mesmo mês do ano passado, o saldo negativo foi 25,2 bilhões. No acumulado dos primeiros nove primeiros meses de 2017, o déficit primário do governo já soma 108,5 bilhões de reais, o pior resultado para a série histórica, iniciada em 1997. No mesmo período do ano passado, o governo estava no vermelho em 101,234 bilhões. A meta fiscal deste ano prevê um rombo de 159 bilhões de reais.

Vigor vendida

A holding J&F, controlada pelos irmãos Wesley e Joesley Batista, fechou a venda da empresa de laticínios Vigor para a companhia mexicana Lala por 5,025 bilhões de reais. A operação, anunciada nesta quinta-feira, indica um alívio financeiro tanto para a holding J&F quanto para a JBS, principal empresa do grupo. Após descontos, a transação injetará 786 milhões de reais na JBS, que detinha 20% dos papéis da Vigor. O restante do dinheiro, 3,9 bilhões de reais, é referente às ações da Vigor detidas pela holding J&F. Os Batista já haviam levantado 4,5 bilhões com a venda da empresa de calçados Alpargatas e de parte da companhia de celulose Eldorado. No Ibovespa, as ações da JBS fecharam em forte queda de 3,88%.

Vale: lucros sobem, ações caem

A mineradora Vale teve lucro de 7,14 bilhões de reais no terceiro trimestre deste ano, volume quase quatro vezes superior ao registrado no mesmo período de 2016. O resultado é devido a melhorias na realização de preços, levando a empresa a dizer nesta quinta-feira que está a caminho de acelerar a redução do endividamento. A produção de minério de ferro da companhia, maior produtora global da commodity, também subiu, atingindo 76,4 milhões de toneladas, ante 74,2 milhões de toneladas no mesmo período do ano passado com vendas a preços mais altos. Apesar do resultado positivo, as ações da companhia caíram 2,67% no Ibovespa nesta quinta-feira.

Comandante de batalhão da PM do RJ é morto

O comandante do 3º Batalhão da Polícia Militar, localizado no bairro do Méier, na zona norte do Rio, foi assassinado a tiros por criminosos quando passava pela Rua Hermengarda, que dá acesso ao bairro Lins de Vasconcelos. A área do batalhão do Méier é cercada por 44 favelas. No momento dos disparos, o comandante Luiz Gustavo Lima Teixeira viajava no banco do passageiro da unidade militar. O policial que conduzia o veículo também ficou ferido. A Polícia Militar classificou o crime de “atentado à corporação”. O oficial ainda foi levado às pressas para o Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, mas não resistiu aos ferimentos.

Temer responderá por escrito sobre porto de Santos

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), intimou a Polícia Federal a formular perguntas que deverão ser encaminhadas ao presidente Michel Temer (PMDB) no âmbito de um inquérito no qual o presidente é investigado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro num decreto que mudou as regras do sistema portuário. Temer escolheu não depor pessoalmente — ele vai apresentar respostas por escrito às perguntas que lhe forem feitas. Barroso, ao analisar pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, havia dado ao presidente a possibilidade de escolher como gostaria de depor. A prerrogativa é prevista no Artigo 221 do Código de Processo Penal, mas apenas para ouvir autoridades na condição de testemunha — Temer, no entanto, é investigado.

Barroso discute com Gilmar Mendes

Os ministros do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso e Gilmar Mendes tiveram uma discussão forte durante a sessão da tarde desta quinta-feira no plenário da corte. Os ministros tratavam de uma ação sobre a extinção do Tribunal de Contas dos Municípios do Ceará e, por algum motivo, Mendes disse que o Rio de Janeiro não era um “exemplo”. O carioca Barroso respondeu que “eles devem achar que é Mato Grosso, onde está todo mundo preso”. Mendes disse “Ah, no Rio de Janeiro não estão”, ao que Barroso respondeu “aliás, nós prendemos, tem gente que solta”, se referindo à fama de Gilmar de soltar criminosos de colarinho branco. Quando Mendes esbravejou e disse que Barroso soltou José Dirceu. O ministro disse que era mentira, que Gilmar “normalmente não trabalha com a verdade” e que ele fazia um comício que não tinha a ver com a causa julgada. Barroso continuou a criticar Gilmar afirmando que o ministro estava queixoso porque perdeu um caso recente e que destilava um “ódio constante” e citou Chico Buarque, que diz que “a raiva é filha do medo e mãe da covardia”. “Vossa Excelência não fala coisas racionais e articuladas”. Barroso foi interrompido pela presidente Cármen Lúcia, mas ainda encerrou encerrou falando que Mendes é leniente com a criminalidade de colarinho branco.

Eleições no Quênia marcadas pela violência

As urnas foram fechadas e a contagem de votos já foi iniciada, nesta quinta-feira, no Quênia. Ontem, o líder da oposição, Raila Odinga, pediu a seus apoiadores que não saíssem de casa para votar, porque corriam risco de ser atacados. Mas o pedido de Odinga não foi respeitado, e muitos opositores acabaram entrando em conflito com os policiais ao tentarem impedir que a votação acontecesse. A polícia utilizou balas de borrachas e bombas de gás lacrimogênio, e os opositores revidaram com pedras e lixo. Uma pessoa foi morta a tiros, e dezenas ficaram feridos. Por causa dos conflitos, a votação sofreu um atraso de 6 horas. Em algumas cidades, a votação foi adiada para o fim de semana. Na cidade de Kibera, eleitores chegaram escoltados para votar, temendo repressão. Nos condados de Kisii e Nyamira, por exemplo, somente 100 pessoas votaram na parte da manhã. As novas eleições foram convocadas pela Corte Eleitoral do país após erros na contagem de votos serem identificadas. O líder da oposição se negou a participar da nova votação, alegando que a base eleitoral era ilegítima, e que o resultado da eleição não seria correto.

Líder catalão descarta convocar eleições

O líder da Catalunha descartou convocar novas eleições na região. Carles Puigdemont afirmou, nesta quinta-feira, que as eleições não serão convocadas porque o governo espanhol não deu garantia suficiente para que elas ocorressem livremente. A afirmação do líder catalão é mais um capítulo do embate entre a região e Madri, que começou com a votação do referendo separatista no dia 1o de outubro. Amanhã, o Senado espanhol poderá votar a aplicação o Artigo 155 da Constituição, suspendendo a autonomia da Catalunha e elegendo novos líderes para a região.

Crise dos opioides nos EUA

O presidente dos Estados Unidos declarou que o país vive uma emergência pública por causa da crise dos opioides (substâncias derivadas do ópio). Donald Trump afirmou, nesta quinta-feira, que vai combater a epidemia da droga, que é utilizada para aliviar a dor. Entre as medidas estão a mudança na permissão do consumo do remédio via telemedicina (quando o médico pode consultar outro especialista para prescrever um remédio), realocação de funcionários da saúde para o tratamento dos usuários da droga e disponibilização de consultas com especialistas para pessoas que desejam se tratar. O governo não declarou se vai aumentar o orçamento do fundo de emergência para a saúde, estimado em 57.000 dólares. Entre 2014 e 2015 as mortes causadas por opioides aumentaram 16% no país.

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