Brasil

Aprovação de Temer é tão ruim quanto a de Dilma, diz CNT/MDA

A avaliação negativa, porém, é de 28% contra 61,7% de Dilma

Michel Temer: para NYT, presidente interino deve propor lei para acabar com a imunidade parlamentar (Ueslei Marcelino/Reuters)

Michel Temer: para NYT, presidente interino deve propor lei para acabar com a imunidade parlamentar (Ueslei Marcelino/Reuters)

Raphael Martins

Raphael Martins

Publicado em 8 de junho de 2016 às 11h39.

Última atualização em 1 de agosto de 2017 às 13h22.

São Paulo – O governo do presidente interino Michel Temer (PMDB) é positivo para 11,3% da população, 0,1% menos que a última avaliação de Dilma Rousseff (PT). O índice foi divulgado nesta quarta-feira (8) pela 131ª Pesquisa CNT/MDA.

A avaliação negativa, porém, é de 28% contra 61,7% de Dilma. O índice regular é mais próximo com 30,2% para Temer e 25,2% para Dilma.

O fiel da balança nesta avaliação é o grupo que não soube opinar, com 30,5% para Temer. Pesou o fato de esta ser a primeira avaliação do governante, apenas um mês depois de assumir o cargo.

Por ora, mais da metade dos entrevistados afirma que não sentiu qualquer alteração entre a gestão dos presidentes. Foram 54,8% os que disseram que o governo Temer está igual ao Dilma e que não se percebe nenhuma mudança no país.

Para 20,1%, a situação está melhor, com mudanças positivas no país. São 14,9% os que acreditam que está pior e que as mudanças pioraram o Brasil.

Quando o assunto é corrupção, 46,6% creem que a corrupção no governo Temer será semelhante ao antecessor. Outros 28,3% acreditam que será menor e 18,6%, maior.

A aprovação do desempenho pessoal do presidente interino atinge 33,8% contra 40,4% de desaprovação. E 25,8% não souberam opinar.

EXPECTATIVA

Entre as ações prioritárias, os entrevistados têm mais ânsia pela geração de empregos. Foram 57% os que colocaram esse aspecto como a ação mais urgente para o novo governo.

Em seguida, são pedidas melhorias no setor de saúde (41,4%), combate à corrupção (30,6%) e melhorar os resultados da economia (24,7%).

A pesquisa aborda também possíveis reformas: a trabalhista foi a mais pedida, com 35% das respostas, seguida de reforma política (31,7%), tributária (9,4%) e judiciária (8,5%). Assunto considerado gargalo para a economia, a reforma previdenciária é a próxima, com 8,4%.

De todos os entrevistados, aqueles que consideram que o governo Temer vai aumentar os níveis de emprego são 27,2%, de renda são 19,8%, saúde, 20,4%, educação, 20,7% e segurança pública, 19,3%.

Desconfiam do presidente interino e creem que o cenário vai piorar 33,4% para emprego, 26,4% para renda, 36,6% para saúde, 32,5% para educação e 38,8% para segurança pública. O restante crê em manutenção dos índices.

A PESQUISA

Em sua principal vertente, o levantamento traz a avaliação sobre os atuais cenários político e econômico do Brasil, mede a expectativa da população em relação a emprego, renda, saúde, educação e segurança pública, entre outros assuntos.

Foram 2.002 entrevistados, em 137 municípios de 25 Unidades Federativas, de todas as regiões do país. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais com 95% de nível de confiança.

Governo Temer – 131ª pesquisa CNT/MDA

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