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Temer: sem reforma, logo faltará dinheiro para pagar aposentados

Ao enaltecer o papel de seu partido, Temer destacou que as reformas conduzidas estavam previstas no programa elaborado pela sigla há dois anos

Temer compareceu à convenção do partido mesmo após ser divulgado que ele havia cancelado sua participação (Mario Tama/Getty Images)

Temer compareceu à convenção do partido mesmo após ser divulgado que ele havia cancelado sua participação (Mario Tama/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 19 de dezembro de 2017 às 12h03.

Última atualização em 19 de dezembro de 2017 às 12h47.

Brasília - O presidente Michel Temer aproveitou sua participação na convenção nacional do PMDB nesta terça-feira para reforçar o discurso a favor da reforma da Previdência, e disse que sem a aprovação da proposta em breve vai faltar dinheiro para pagar aposentados.

A reforma, com votação prevista para fevereiro na Câmara dos Deputados, vem enfrentando resistência mesmo entre aliados do governo, que temem prejuízo eleitoral caso votem a favor das mudanças nas regras previdenciárias.

"Nós não podemos brincar com isso, porque se nós brincarmos com isso daqui a pouco nós não vamos ter dinheiro para pagar aposentados. Daqui a pouco digo, daqui a dois, três anos. Não é daqui a muito tempo não. Nós estamos tendo a coragem de ser um governo reformista", disse Temer durante a convenção.

Ao enaltecer o papel de seu partido no governo, Temer fez questão de dizer que as reformas que está conduzindo estavam previstas no programa Ponte para o Futuro, elaborado pela sigla há dois anos. O partido oficializa nesta terça-feira a mudança de nome para MDB, denominação antiga da legenda.

O presidente aproveitou para defender a reforma trabalhista, que já estaria "dando resultados" e afirmou que a aprovação da mudança nas leis trabalhistas assim como a instituição da chamada PEC dos Gastos devem-se a uma "parceria" fechada com o Congresso.

Temer chegou a desmarcar sua participação no evento, e sua assessoria não informou o motivo do cancelamento. Na semana passada o presidente foi submetido a um pequeno procedimento cirúrgico após quadro de dificuldade urinária e diagnóstico de estreitamento uretral. Como parte da recuperação, está usando uma sonda por três semanas.

A reunião partidária foi sendo conduzida --de maneira tímida, no início, e com muitas cadeira vazias em um centro de convenções da capital federal-- mas depois ganhou corpo à medida que o auditório foi sendo ocupado.

Presidentes de núcleos partidários discursavam e comissionados votavam, quando a chegada de Temer foi anunciada no microfone. A estrutura preparada para a presença do presidente no início da manhã --equipamentos de raio-x e de segurança-- já estava desmobilizada.

"Essa inspiração é que nos trouxe até aqui e me trouxe hoje... exatamente para nós festejarmos o que o MDB está fazendo pelo país", disse Temer.

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