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Temer: página virada; Lula era o chefe?…

Os recursos  Depois do impasse gigantesco criado pela decisão do Senado de votar em separado o impeachment e a perda de mandato da ex-presidente Dilma Rousseff, diversos partidos resolveram entrar com ações no Supremo Tribunal Federal questionando a votação. O PT, obviamente, quer tentar reverter o impeachment. DEM, PSDB e PPS pretendem rever somente a […]

LULA: Lula avalia que o PT precisa se contrapor com mais vigor ao governo Michel Temer / Paulo Whitaker/ Reuters (Paulo Whitaker/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 2 de setembro de 2016 às 19h00.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h47.

Os recursos

Depois do impasse gigantesco criado pela decisão do Senado de votar em separado o impeachment e a perda de mandato da ex-presidente Dilma Rousseff, diversos partidos resolveram entrar com ações no Supremo Tribunal Federal questionando a votação. O PT, obviamente, quer tentar reverter o impeachment. DEM, PSDB e PPS pretendem rever somente a parte que manteve a elegibilidade de Dilma. A surpresa é que o PMDB anunciou na tarde de hoje que vai subscrever o mandato de segurança feito por esses partidos. Dez senadores da legenda foram favoráveis a Dilma na segunda votação.

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O medo de Janaína

Uma das autoras do pedido de impeachment de Dilma Rousseff, a advogada Janaína Paschoal criticou os partidos que entraram com ação no Supremo para rever a decisão sobre a elegibilidade de Dilma. Segundo ela, mesmo que a intenção seja rever somente a votação do destaque, o tribunal pode decidir anular toda a sessão. Com isso, caso tenham se passado mais de 180 dias do afastamento da ex-presidente, que aconteceu no dia 12 de maio, ela retornaria ao poder até acontecer um novo julgamento. Janaína disse que os partidos “estão cegos pela sanha punitiva”.

Nas mãos dos ministros

Ao todo, dez ações sobre o assunto foram colocadas no tribunal. Oito questionando o fato de Dilma manter os direitos políticos, uma que pede nova votação sobre o caso e outra questionando todo o processo de impeachment. Elas serão relatadas, segundo sorteio, Rosa Weber, Teori Zavascki e Edson Fachin, respectivamente.

Impeachment de Lewandowski

O Movimento Brasil Livre vai entrar com um pedido de impeachment do presidente do Supremo, Ricardo Lewandowski. De acordo com o MBL, o ministro, que presidiu a sessão do Senado que cassou Dilma Rousseff, teria participado das tratativas que acertaram o fatiamento das votações da ex-presidente. A ação tem de ser ingressada no Senado e cabe ao presidente da Casa, Renan Calheiros, decidir se ela tem prosseguimento. Como Renan também teria participado do acordo, o movimento quer pedir a suspeição dele para o caso.

Temer: páginas viradas

No seu primeiro dia de visita à China, o presidente Michel Temer se encontrou com o líder chinês, Xi Jinping. Ele declarou que as turbulências pela qual o país passou nas últimas semanas são páginas viradas e que agora o país busca deixar para trás também a crise econômica. Durante a visita, foram anunciados diversos investimentos do país no Brasil.

Delcídio: Lula era o chefe

De acordo com matéria publicada por VEJA, o ex-senador Delcídio do Amaral prestou depoimento ao Ministério Público Federal na tarde de ontem formalizando denúncia contra o ex-presidente. Ele teria afirmado que Lula distribuía cargos de diretoria entre políticos como forma de angariar apoio no Congresso sabendo que os cargos seriam usados para cobrar propina. Essa teria sido a forma de reorganizar sua base de apoio depois do escândalo do mensalão em 2005. Nenhum dos envolvidos deu declarações públicas sobre o assunto.

PT defende novas eleições

Depois de se posicionar contrariamente à possibilidade de novas eleições, o Partido dos Trabalhadores voltou atrás nesta sexta-feira e passou a apoiar um novo pleito antes de 2018. O presidente do partido, Rui Falcão, causou polêmica por, durante o processo de impeachment, se posicionar contra novas eleições diretas, mesmo com Dilma se colocando favorável. O PT alega que assumir essa posição antes “enfraqueceria a luta contra o impeachment”. Agora, a ideia é “reconquistar o direito do povo de eleger, direta e imediatamente, o novo presidente da República”.

Pedaladas legalizadas?

Foi publicada no Diário Oficial da União nesta sexta-feira a lei que flexibiliza a abertura de créditos suplementares, tornando desnecessária a aprovação do Congresso Nacional. O texto autoriza o executivo a turbinar uma despesa em até 20%, desde que retire 20% de outra. Até agora, esse valor poderia ser modificado em apenas 10%. Problemas com a abertura de créditos suplementares foram um dos pontos responsáveis pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, afastada do cargo na quarta-feira.

Dilma: “morte política”

Durante a tarde desta sexta-feira, a ex-presidente Dilma Rousseff concedeu entrevista para veículos de imprensa estrangeiros no Palácio da Alvorada. Ela disse que os senadores a condenaram a uma “morte política” e que achou “estranhíssima” a dupla votação no julgamento final que a afastou. Ela voltou a tratar o impeachment como golpe e diz que não houve crime de responsabilidade. Disse não ter um projeto político eleitoral, mas que fará oposição a Temer.

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