Temer: página virada; Lula era o chefe?…
Os recursos Depois do impasse gigantesco criado pela decisão do Senado de votar em separado o impeachment e a perda de mandato da ex-presidente Dilma Rousseff, diversos partidos resolveram entrar com ações no Supremo Tribunal Federal questionando a votação. O PT, obviamente, quer tentar reverter o impeachment. DEM, PSDB e PPS pretendem rever somente a […]
Da Redação
Publicado em 2 de setembro de 2016 às 19h00.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h47.
Os recursos
Depois do impasse gigantesco criado pela decisão do Senado de votar em separado o impeachment e a perda de mandato da ex-presidente Dilma Rousseff, diversos partidos resolveram entrar com ações no Supremo Tribunal Federal questionando a votação. O PT, obviamente, quer tentar reverter o impeachment. DEM, PSDB e PPS pretendem rever somente a parte que manteve a elegibilidade de Dilma. A surpresa é que o PMDB anunciou na tarde de hoje que vai subscrever o mandato de segurança feito por esses partidos. Dez senadores da legenda foram favoráveis a Dilma na segunda votação.
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O medo de Janaína
Uma das autoras do pedido de impeachment de Dilma Rousseff, a advogada Janaína Paschoal criticou os partidos que entraram com ação no Supremo para rever a decisão sobre a elegibilidade de Dilma. Segundo ela, mesmo que a intenção seja rever somente a votação do destaque, o tribunal pode decidir anular toda a sessão. Com isso, caso tenham se passado mais de 180 dias do afastamento da ex-presidente, que aconteceu no dia 12 de maio, ela retornaria ao poder até acontecer um novo julgamento. Janaína disse que os partidos “estão cegos pela sanha punitiva”.
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Nas mãos dos ministros
Ao todo, dez ações sobre o assunto foram colocadas no tribunal. Oito questionando o fato de Dilma manter os direitos políticos, uma que pede nova votação sobre o caso e outra questionando todo o processo de impeachment. Elas serão relatadas, segundo sorteio, Rosa Weber, Teori Zavascki e Edson Fachin, respectivamente.
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Impeachment de Lewandowski
O Movimento Brasil Livre vai entrar com um pedido de impeachment do presidente do Supremo, Ricardo Lewandowski. De acordo com o MBL, o ministro, que presidiu a sessão do Senado que cassou Dilma Rousseff, teria participado das tratativas que acertaram o fatiamento das votações da ex-presidente. A ação tem de ser ingressada no Senado e cabe ao presidente da Casa, Renan Calheiros, decidir se ela tem prosseguimento. Como Renan também teria participado do acordo, o movimento quer pedir a suspeição dele para o caso.
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Temer: páginas viradas
No seu primeiro dia de visita à China, o presidente Michel Temer se encontrou com o líder chinês, Xi Jinping. Ele declarou que as turbulências pela qual o país passou nas últimas semanas são páginas viradas e que agora o país busca deixar para trás também a crise econômica. Durante a visita, foram anunciados diversos investimentos do país no Brasil.
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Delcídio: Lula era o chefe
De acordo com matéria publicada por VEJA, o ex-senador Delcídio do Amaral prestou depoimento ao Ministério Público Federal na tarde de ontem formalizando denúncia contra o ex-presidente. Ele teria afirmado que Lula distribuía cargos de diretoria entre políticos como forma de angariar apoio no Congresso sabendo que os cargos seriam usados para cobrar propina. Essa teria sido a forma de reorganizar sua base de apoio depois do escândalo do mensalão em 2005. Nenhum dos envolvidos deu declarações públicas sobre o assunto.
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PT defende novas eleições
Depois de se posicionar contrariamente à possibilidade de novas eleições, o Partido dos Trabalhadores voltou atrás nesta sexta-feira e passou a apoiar um novo pleito antes de 2018. O presidente do partido, Rui Falcão, causou polêmica por, durante o processo de impeachment, se posicionar contra novas eleições diretas, mesmo com Dilma se colocando favorável. O PT alega que assumir essa posição antes “enfraqueceria a luta contra o impeachment”. Agora, a ideia é “reconquistar o direito do povo de eleger, direta e imediatamente, o novo presidente da República”.
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Pedaladas legalizadas?
Foi publicada no Diário Oficial da União nesta sexta-feira a lei que flexibiliza a abertura de créditos suplementares, tornando desnecessária a aprovação do Congresso Nacional. O texto autoriza o executivo a turbinar uma despesa em até 20%, desde que retire 20% de outra. Até agora, esse valor poderia ser modificado em apenas 10%. Problemas com a abertura de créditos suplementares foram um dos pontos responsáveis pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, afastada do cargo na quarta-feira.
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Dilma: “morte política”
Durante a tarde desta sexta-feira, a ex-presidente Dilma Rousseff concedeu entrevista para veículos de imprensa estrangeiros no Palácio da Alvorada. Ela disse que os senadores a condenaram a uma “morte política” e que achou “estranhíssima” a dupla votação no julgamento final que a afastou. Ela voltou a tratar o impeachment como golpe e diz que não houve crime de responsabilidade. Disse não ter um projeto político eleitoral, mas que fará oposição a Temer.