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Temer nega "reunião de mafiosos" para acertar propina

Em delação premiada, o ex-presidente da Odebrecht Engenharia Industrial Márcio Faria afirmou que Temer se sentava à cabeceira da mesa para combinar valores

Michel Temer: questionado sobre a permanência de ministros investigados em seu governo, Temer disse uma decisão virá no momento oportuno (Ueslei Marcelino/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 15 de maio de 2017 às 14h35.

Última atualização em 15 de maio de 2017 às 14h37.

Brasília - Em entrevista a rádios regionais na manhã desta segunda-feira, 15,o presidente Michel Temer voltou a refutar a informação de que ele teria comandado reunião para tratar de pagamento de propinas ao PMDB, que somariam US$ 40 milhões, conforme disse em delação premiada o ex-presidente da Odebrecht Engenharia Industrial Márcio Faria.

Para Temer, essas acusações são "fantasiosas". O executivo disse que, nesse encontro, Temer sentava-se à cabeceira da mesa para combinar o valor.

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"O Judiciário vai levar adiante essa coisa de sentado a uma cabeceira, fazendo reunião de mafiosos. E 40 milhões de dólares, você disse? É muita coisa, é muita coisa. São coisas fantasiosas, mas que pegaram. Divulgou-se muito e isso tem que será apurado. E será apurado", afirmou Temer.

Quando questionado sobre a permanência de oito ministros de seu governo investigados pela Operação Lava Jato, Temer os defendeu e disse a decisão sobre eles virá no momento oportuno, pois isso é dependente de inquérito.

"Em primeiro lugar, quero dizer que os ministros são da maior suposição administrativa, são ministros de uma competência extraordinária", disse, acrescentando que as questões relativas aos ministros também competem ao Poder Judiciário.

Quanto à denúncia feita pela empresária Mônica Moura em delação ao Ministério Público contra Dilma Rousseff, de que dinheiro de corrupção teria sido usado para pagar despesas com cabeleireiro da ex-presidente, Temer disse compreender a angústia popular e a revolta popular, mas que "nós temos de deixar que Judiciário examine isso, não temos de colocar isso como um ponto definitivo".

"Não se pode incriminá-la desde já. Não é a pessoa que delata quem condena. Quem condena é o Judiciário", completou.

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