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Temer é o 2º líder pior avaliado do continente americano

Com 14% de aprovação, Temer só aparece melhor posicionado na lista que Luis Guillermo Solís, da Costa Rica, com 10%.


	Presidente Michel Temer: o ranking é fechado por Temer e Solís - da Costa Rica - os únicos dois integrantes do grupo de avaliações muito baixas.
 (Getty Images)

Presidente Michel Temer: o ranking é fechado por Temer e Solís - da Costa Rica - os únicos dois integrantes do grupo de avaliações muito baixas. (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 19 de setembro de 2016 às 22h54.

Cidade do México - O presidente Michel Temer aparece como o penúltimo colocado de um ranking dos líderes mais bem avaliados no continente americano, de acordo com uma compilação de pesquisas divulgada nesta segunda-feira pela empresa mexicana Consulta Mitofsky.

Com apenas 14% de aprovação, Temer, que assumiu a presidência no último dia 31 de agosto após a destituição de Dilma Rousseff, só aparece melhor posicionado na lista que Luis Guillermo Solís, da Costa Rica, com 10%.

A Consulta Mitofsky indicou hoje que para ranquear claramente os líderes do continente de acordo com a aprovação da opinião pública por sua gestão foram formados cinco grupos segundo as porcentagens.

Com qualificação extraordinária estão os líderes com 65% ou mais de aprovação. Neste grupo, o presidente da República Dominicana, Danilo Medina, aparece mais uma vez como o líder melhor avaliado da América, uma vez que no último mês de maio foi reeleito com 83% dos votos.

Medina é seguido na lista por Daniel Ortega, da Nicarágua, que "com mais de uma centena de meses governando hoje tem 67% de aprovação, passando do quinto posto no ranking anterior à segunda posição no atual".

Um segundo bloco, integrado por governantes com porcentagens de aprovação entre 64% e 55% e qualificação alta, é liderado pelo presidente do Equador, Rafael Correa, junto com Jimmy Morales, da Guatemala, e Pedro Pablo Kuczynski, do Peru, "com a diferença que estes dois últimos iniciaram seus governos recentemente".

Correa está no governo de seu país há mais de nove anos, enquanto Morales assumiu o poder em janeiro e Kuczynski em julho deste ano. Todos eles têm aprovação de 61%.

Fecha este grupo o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, que está prestes a completar um ano de trabalho e ostenta uma porcentagem de 55% de aprovação.

Com porcentagens entre 54% e 40% de aprovação e níveis de popularidade média há cinco líderes, capitaneados por Juan Orlando Hernández de Honduras, que se mantém na sétima posição do ranking, subindo de 47% para 52% sua aprovação depois de mais de dois anos de governo.

Empatado com Hernández está o americano Barack Obama, "que a poucos meses de terminar seus dois períodos de governo obtém essa magnífica aprovação de 52% em seu país".

Em seguida aparecem Juan Carlos Varela, do Panamá (46%), Mauricio Macri, da Argentina (43%), e Salvador Sánchez Cerén, de El Salvador (41%).

O grupo de avaliações baixas, com porcentagens entre 39% e 20%, é liderado por Juan Manuel Santos, da Colômbia, que recentemente assinou um histórico acordo de paz com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), e Tabaré Vázquez, do Uruguai, ambos com 30% de aprovação.

Os dois são seguidos pelo presidente mexicano Enrique Peña Nieto e o boliviano Evo Morales, empatados com 29%, o primeiro após 44 meses de gestão e o segundo de 125 meses.

A lista continua com o paraguaio Horacio Cartes (23%), a chilena Michelle Bachelet (22%) e o venezuelano Nicolás Maduro (21%).

O ranking é fechado por Temer e Solís, os únicos dois integrantes do grupo de avaliações muito baixas.

"Há um ano reportamos um forte queda na aprovação média de todos os líderes da América, mas em 2016 a queda continua tendo seu valor mais baixo em 12 anos de medições, com 41%", destacou a empresa mexicana.

Nesta ocasião, a queda se explica pela diminuição média na América do Sul (de 36% a 33%), já que na América Central e no Caribe se manteve (de 50% a 51%) e na América do Norte aumentou de 39% a 45%.

Para realizar seu ranking, a Mitofsky realizou uma compilação de pesquisas publicadas nos veículos de comunicação eletrônicos de diversos países e advertiu que, "embora as metodologias utilizadas em cada país possam variar, é uma excelente oportunidade para ver em um só documento o nível que cada líder alcança e compará-los entre si".

Além disso, a empresa ressaltou que "estes tipos de avaliações são apenas uma forma de medir o trabalho realizado por cada um dos presidentes ou primeiros-ministros e podem ou não mostrar totalmente a eficiência e as conquistas de suas administrações". EFE

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