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Temer diz desconhecer suposto esquema de propinas na Caixa

O presidente negou ter conhecimento de vantagens indevidas em troca de liberação de financiamento do FI-FGTS

Temer: disse que doações de campanha feitas ao PMDB não foram vinculadas à aprovação de investimentos do banco (Adriano Machado/Reuters)
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Reuters

Publicado em 18 de julho de 2017 às 09h12.

Última atualização em 18 de julho de 2017 às 20h24.

O presidente Michel Temer disse em respostas a perguntas feitas pelo ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha e enviadas à Justiça, que não participou da arrecadação de campanha de Gabriel Chalita em 2012 e que o atual secretario-geral da Presidência, Moreira Franco, foi indicação do PMDB à vice-presidência de loterias da Caixa Econômica Federal durante o governo Lula.

As respostas de Temer a Cunha foram dadas no âmbito de uma ação na qual o ex-deputado é réu na Justiça Federal do Distrito Federal e que trata de irregularidades no Fundo de Investimentos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS).

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Nas respostas, Temer também negou ter conhecimento de que vantagens indevidas em troca de liberação de financiamento do FI-FGTS, seja por Moreira Franco ou por Cunha.

Indagado sobre se algumas das empresas investigadas neste caso fizeram doações para o PMDB, presidido por Temer até 2016, e especificamente para a campanha de Chalita, à época peemedebista, à prefeitura de São Paulo em 2012, o presidente respondeu:

"Não tenho conhecimento de recebimento de qualquer vantagem indevida. As empresas que doaram, fizeram-no oficialmente".

"Não acompanhei a arrecadação de campanha de Gabriel Chalita", também afirmou Temer ao responder às perguntas de Cunha, que teve o mandato de deputado cassado e está preso em Curitiba, condenado em processo ligado à operação Lava Jato.

Temer já teve seu nome ligado a supostas irregularidades na arrecadação para a campanha de Chalita em depoimentos de testemunhas e de delatores que firmaram acordo com a Justiça.

O ex-presidente da Transpetro Sergio Machado acusou o presidente de ter lhe pedido que empresas que tinham contratos com a subsidiária da Petrobras doassem à campanha do então peemedebista.

De acordo com Machado, o valor acertado foi de 1,5 milhão de reais e a empresa que fez a doação foi a Queiroz Galvão.

Em depoimento à Polícia Federal, o operador financeiro Lucio Funaro, que está preso há mais de um ano em Brasília, disse que Temer orientou diretamente a distribuição de 20 milhões de reais em propinas para sua campanha à reeleição como vice-presidente da República, em 2014, e para a de Chalita em 2012.

O presidente nega todas as irregularidades.

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