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Temer demite assessor preso em investigação sobre Mané Garrincha

Tadeu Filippelli foi preso nesta terça-feira, 23, em operação que investiga desvio de recursos das obras de reforma do Mané Garrincha para a Copa de 2014

Tadeu: sua prisão é mais uma grande preocupação para o governo (Paulo Whitaker/Reuters)

Tadeu: sua prisão é mais uma grande preocupação para o governo (Paulo Whitaker/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 23 de maio de 2017 às 12h00.

Última atualização em 23 de maio de 2017 às 13h05.

Brasília - O Palácio do Planalto já encaminhou para o Diário Oficial da União a portaria de exoneração do assessor especial do gabinete pessoal do presidente da República, Tadeu Filippelli (PMDB), que será publicada na edição desta quarta-feira, 24, do DOU.

Filippelli foi preso nesta terça-feira, 23, na Operação Panatenaico, que investiga organização criminosa que fraudou e desviou recursos das obras de reforma do Estádio Nacional Mané Garrincha para a Copa do Mundo de Futebol de 2014.

Desde cedo, auxiliares da Casa Civil estavam na expectativa do que seria feito com o auxiliar direto do presidente. Assim que Michel Temer chegou ao Planalto, este foi o primeiro ato dele.

A prisão de um novo ocupante do terceiro andar no Palácio do Planalto, com gabinete a poucos metros do presidente Temer, é mais uma grande preocupação para o governo.

Esta operação da Polícia Federal atinge o coração do Planalto e também Temer. Assessores avaliam que não há como negar.

Tadeu Filippelli é o terceiro assessor de Temer a ser derrubado. Antes dele, José Yunes e Rodrigo Rocha Loures acabaram afetados por denúncias. Filippelli que, assim como Temer, é do PMDB, na divisão de tarefas, atuava nos bastidores e fazia ponte com empresários e parlamentares, uma vez que foi deputado também.

Também ex-vice-governador do Distrito Federal Tadeu Filippelli era uma pessoa próxima ao presidente e o acompanhava no Palácio do Planalto desde a vice-presidência.

Assim como o deputado Rocha Loures, José Yunes, Gastão Toledo e o ex-deputado Sandro Mabel, todos tinham gabinete no terceiro andar do Planalto.

No Planalto, assessores de Temer tentam explicar que o motivo da prisão de Filippelli tem a ver com atos ocorridos antes dele ter chegado ao Planalto, quando fazia parte do governo do Distrito Federal.

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