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Temer cancela licitação de alimentos para avião presidencial

Lista de produtos solicitados era polêmica, já que incluía 500 potes de 100 gramas do sorvete tipo premium da marca Häagen-Dazs

Temer cancela licitação na qual solicitava 42 quilos de Nutella para aviões presidenciais em 2017 (Adriano Machado/Reuters)

Temer cancela licitação na qual solicitava 42 quilos de Nutella para aviões presidenciais em 2017 (Adriano Machado/Reuters)

Marcelo Ribeiro

Marcelo Ribeiro

Publicado em 27 de dezembro de 2016 às 16h54.

Última atualização em 27 de dezembro de 2016 às 19h10.

São Paulo - Com medo da repercussão negativa, o presidente Michel Temer (PMDB) decidiu cancelar a licitação para contratar serviços de alimentação nos aviões que atenderiam a Presidência da República por um ano. O custo estimado era de R$ 1,75 milhão, segundo informações divulgadas no Diário Oficial de segunda-feira da semana passada, 19 de dezembro.

De acordo com informações da Casa Civil, comandada pelo ministro-chefe Eliseu Padilha, o Palácio do Planalto decidiu cancelar a licitação. "Por orientação presidencial, foi cancelado o Pregão 14/2016, para o dia 02.01.2017, de Serviços de Comissária Aérea", afirmou Padilha em seu Twitter. 

O governo deve se posicionar sobre a decisão por meio de nota oficial que deve ser divulgada ainda hoje, informaram fontes do Palácio do Planalto a EXAME.com.

Vale lembrar que esse tipo de licitação não era proposto desde 2009.

Por meio de nota, a assessoria de imprensa do Palácio do Planalto informou que Temer tomou conhecimento da notícia sobre a licitação para comissaria de bordo para o avião presidencial ao embarcar de volta de viagem de trabalho a Maceió. O presidente determinou seu imediato cancelamento.

"A determinação presidencial é de que também este serviço tenha seu preço reduzido em relação ao que vinha sendo praticado anteriormente. A mesma instrução vale para todas as aeronaves que servem ao Governo Federal".

Não vai ter Nutella

Um dos destaques da lista de produtos solicitados era o creme de avelã da marca Nutella. Foram pedidos 120 potes, totalizando 42 quilos da sobremesa. De acordo com o documento, o preço estimado por cada embalagem de 350 gramas era R$ 39,00.

Na licitação, o governo também solicitava 500 potes de 100 gramas do sorvete tipo premium da marca Häagen-Dazs. A estimativa de custo de cada sorvete era R$ 15,09.

Amêndoas in natura, pelo preço de R$ 29 por um pacote de 100 gramas, e farinha de linhaça dourada da marca Jasmine, por R$ 44 em um pacote de 200 gramas, eram outros itens da extensa lista proposta pelo Planalto. Geléias, chocolates, agua de coco, frutas, barras de cereais e outros itens também foram listados.

Antes de cancelar a licitação, a assessoria de imprensa do Palácio do Planalto afirmou que a necessidade da contratação dos serviços se dava pelo fato de parte das viagens “ocorrerem, por vezes, em horários que coincidem com os estimados para a realização de refeições”.

O preço por cada café da manhã no avião presidencial variaria entre R$ 59,90 e R$ 96,43. Entre as opções de almoço e jantar, o preço por cada unidade de refeição variaria de R$ 75,96 a R$ 128,63.

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