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Temer admite que usou avião particular de Joesley em 2011

A versão divulgada nesta quarta-feira (7) contradiz declarações anteriores da assessoria do Palácio do Planalto

 (Paulo Whitaker/Reuters)

(Paulo Whitaker/Reuters)

Valéria Bretas

Valéria Bretas

Publicado em 7 de junho de 2017 às 13h33.

Última atualização em 7 de junho de 2017 às 14h15.

São Paulo – O presidente Michel Temer (PMDB) admitiu que utilizou o avião particular do empresário Joesley Batista para deslocar sua família de São Paulo para Comandatuba, na Bahia, em janeiro de 2011. Na época, o peemedebista era vice-presidente da República.

Em nota, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República informou nesta quarta-feira (7) que o peemedebista não sabia a quem pertencia a aeronave e que não fez pagamento pelo serviço de transporte.

A versão divulgada hoje contradiz declarações anteriores da assessoria do Palácio do Planalto. Na noite de ontem, quando foram publicadas as primeiras informações sobre a viagem no avião particular de Joesley, o Planalto negou que Temer tenha sequer ido a Comandatuba naquele mês.

Segundo o posicionamento do governo, Temer teria viajado apenas em abril, para um evento do grupo Lide, usando um avião da Força Aérea Brasileira (FAB). Em janeiro, ele teria ido a Porto Alegre, também em um voo da FAB.

Para investigadores, a viagem seria uma prova da proximidade entre Temer e o delator, o que vai contra a defesa do presidente, que alega que os dois não eram próximos.

Veja a nota na íntegra:

O então vice-presidente Michel Temer utilizou aeronave particular no dia 12 de janeiro de 2011 para levar sua família de São Paulo a Comandatuba, deslocando-se em seguida a Brasília, onde manteve agenda normal no gabinete. A família retornou a São Paulo no dia 14, usando o mesmo meio de transporte. O vice-presidente não sabia a quem pertencia a aeronave e não fez pagamento pelo serviço.

*Com informações da agência Reuters

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