Brasil

Tem gente falando demais, diz secretário sobre menino morto

Segundo Barbosa Filho, as investigações ainda não foram concluídas, mas estão caminhando


	Polícia Militar: "Não existe, por exemplo, um laudo que foi divulgado pela imprensa atestando a impossibilidade do disparo de arma de fogo"
 (Divulgação/PMSP)

Polícia Militar: "Não existe, por exemplo, um laudo que foi divulgado pela imprensa atestando a impossibilidade do disparo de arma de fogo" (Divulgação/PMSP)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de junho de 2016 às 16h42.

Santos - O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Mágino Alves Barbosa Filho, criticou nesta sexta-feira, 10, o que chamou de "especulações" sobre a morte de um menino de 10 anos, atingido na cabeça por um tiro disparado pela Polícia Militar no último dia 2 de junho, na capital paulista. "Tem muita gente falando além do que pode falar", disse.

As declarações foram feitas durante entrevista em Santos, no litoral sul do Estado, após o secretário presidir, pela primeira vez, uma reunião do Gabinete Metropolitano de Gestão Estratégica de Segurança Pública (Gamesp) da Baixada Santista.

Segundo Barbosa Filho, as investigações ainda não foram concluídas, mas estão caminhando.

"Não existe, por exemplo, um laudo que foi divulgado pela imprensa atestando a impossibilidade do disparo de arma de fogo de dentro para fora do carro. Assim como não houve nenhuma deturpação da cena do crime", comentou o secretário.

A PM afirma que, no dia 2 de junho, uma viatura fazia patrulhamento, por volta de 19h30, na altura do número 835 da Rua José Ramon Urtiza, quando um carro furtado foi avistado e abordado, mas o motorista fugiu e foi perseguido até colidir em um ônibus e um caminhão.

De acordo com a Polícia Militar, dois meninos, de 10 e 11 anos, estavam no carro, e o mais novo dirigia e atirava contra os policiais.

Após a batida, o mesmo menino teria atirado mais de uma vez e, por isso, acabou morto com um tiro na cabeça.

O garoto mais velho chegou a confirmar essa versão, mas depois negou. O caso foi levado ao 89.º Distrito Policial, no Portal do Morumbi, mas é investigado pelo DHPP (Departamento Estadual de Homicídios e Proteção a Pessoa).

"O DHPP jamais afirmou que a cena foi revirada. Alguém que não é do departamento disse isso e essa informação virou notícia", comentou o secretário de Segurança Pública.

"Tanto a chegada do SAMU, como a retirada do menino de dentro do veículo e a vistoria para procurar outra possível arma no automóvel fazem parte do trabalho de apuração. A cena não foi revirada", disse Barbosa Filho.

Logo após a ocorrência, a SSP divulgou nota na qual afirma que a polícia comunicou o caso ao Conselho Tutelar e à Vara da Infância e da Juventude, que o DHPP instaurou inquérito de morte decorrente de oposição à intervenção policial e que a Corregedoria da PM abriu inquérito administrativo e acompanha as investigações.

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasCriançasMetrópoles globaisMortesPolícia Militarsao-paulo

Mais de Brasil

Lula, 'BolsoNunes' e 'paz e amor': convenção dá tom de como será a campanha de Boulos em SP

Sob gestão Lula, assassinatos contra indígenas no Brasil aumentam 15% em 2023, aponta relatório

PRTB marca data de convenção para anunciar candidatura de Marçal no mesmo dia do evento de Nunes

Moraes defende entraves para recursos a tribunais superiores e uso de IA para resolver conflitos

Mais na Exame